13 outubro, 2005

SERÁ DESTA?


ora bem, estamos no início de mais um mandato de quatro anos nas Autarquias locais, está na hora de todos arregaçarem as mangas e trabalhar, no meu caso, esperar sentado que as promessas passem do papel aos actos.
Pois se o PSD, tem uma perigosa maioria, na minha opinião sem a merecer (assim tão grande), o PS, que nada fez para a não merecer.
Passado estes poucos dias, será abusivo pensar que já tenho uma opinião formada e esclarecida sobre o resultado eleitoral, mas como de esclarecido, nada ou pouco tenho que o ser, aqui vai…
Se não restam duvidas a ninguém que a actual junta merece com todo mérito continuar, também não restam duvidas que nunca mereciam tal vantagem. Vantagens destas apenas são naturais em países totalitários, o que não é o caso. Pois então se não é o caso, porque será tanta a diferença?
Segundo os estudiosos de tasca, onde me incluo, esteve ligado a diversos factores:
  • Logo de inicio a incapacidade de lidar com o facto de há quatro anos ficarem órfãos de Pinho Ferreira, e não saberem como superar tal tragédia. Para desespero, o mesmo senhor, sempre um feroz adversário do PSD, fez coligação com estes, para assim o PSD ter a maioria absoluta na assembleia.

  • Na oposição, sempre demonstraram ser fracos políticos. Sei que não tem a obrigação de o ser, mas de facto, com ou sem obrigação, eram. Principalmente, no papel de oposição, deveriam ter alguma estratégia para nas assembleias poderem atacar o executivo pelo que de mal estava, e mostrarem ideias novas e ambiciosas. Na minha opinião se tinham uma estratégia, seria estrategicamente mostrarem não ter nenhuma estratégia.

  • Alguém caiu que nem”um patinho” numa estratégia (penso eu) do presidente da junta e simultaneamente do Centro Social, para que o PS ficasse de novo e em pouco tempo sem líder novamente. Se bem que o líder da bancada do PS, na minha opinião estava bem quietinho em casa, pois sempre demonstrou nas suas intervenções públicas que apanhar morangos com ele, teria de ser com uma escada. Mas assim ficaram todos (eles) convencidos, que afinal o Presidente era alguém que sabia bem o terreno que pisava, e principalmente sabia onde pisar.

  • Não souberam minimamente explorar o facto de a Junta e o PSD terem mudado de opinião quanto á localização da nova Ponte de Regadas. Ficaram pelas insinuações em surdina, que poderia haver algum interessa particular pelo meio, facto esse que ao não ser esclarecido deu pontos negativos para eles. Ainda mais negativo ainda, foi eles não terem tido coragem de votar NÃO e se ficarem pela abstenção. Mais uma vez o presidente não perdoou, e tirou mais alguns proveitos. Em suma, neste caso, a Junta que poderia entrar nessa célebre e concorrida assembleia a perder por mais de 3-0, não só consegue entrar com o “público” ao seu lado, como massacrou por completo o adversário. Derrota essa que pode ter comprometido definitivamente a vitória neste campeonato das Autárquicas.

  • Os chamados “barões” do partido Socialista, não darem a cara de forma clara e inequívoca nestas eleições… Surgir uma lista onde a grande parte dos nomes seriam de segundo plano, e não terem, como infelizmente neste casos tem que ter, os chamados políticos de topo para a sua lista.

Por isso não acho minimamente justo apontar as culpas ao António Pinto ou aos membros da sua lista. Houve muito jogo político interno, teve muita gente que não tinham o mínimo interesse na vitória local, atrevo-me mesmo a dizer que algumas garrafas de champanhe foram abertas por socialistas.
Mas teriam razões para as abrirem? Lógico que nas suas ideias “parolas” sim, para quem vive com um apego cego ao passado, onde a primeira prioridade é a mesma de há vinte anos, a de impedir a independência de Vergada. Onde ainda vivem ao lado das grande façanhas políticas do, esse já falecido, Pinho ferreira. Quando colocam a vaidade e interesse pessoal á frente dos interesses públicos. Não teriam razão para abrir um champanhe, se essas brilhantes e antiquadas ideias fossem o dia a dia do meu pensamento, abriria uma caixa. Agora, para um homem de inteligência modesta e um pouco actualizada, seria motivo para se colocar defronte a um espelho e perguntar a si mesmo.” Sou covarde, mas escapei a uma humilhante derrota” – pois todos sabiam que eram praticamente impossível vencer estas eleições depois de tudo o que não fizeram em quatro anos de oposição. Com esta ou outra lista. Ainda gostava de ver a tal lista com os tais nomes sonantes, não para ver o resultado, mas apenas para sentir qual seria a sonoridade de tais nomes.
Agora não tem desculpa o Presidente da Junta, também não é de desculpas, para fazer o trabalho que prometeu para estes quatro anos. Para que não me esqueça de tantas promessas, vou em próximo “post” colocar aqui tudo o que prometeu…

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