17 abril, 2006

ALIMENTAR OU COMER

Para a maioria das pessoas é importante comer! Não se dá a mínima importância ao que se ingere. Desde que não se esteja doente tudo serve. Também é difícil decidir sobre o que se mete no carrinho de compras ou como confeccionar os alimentos, etc.
Mais difícil é controlar o que os filhos comem extra-portas!
Fritos, hambúrgueres, salgadinhos e refrigerantes costumam fazer do recreio um dos momentos mais aguardados pelos alunos. Irresistíveis aos olhos de qualquer criança, os lanchezinhos do bufete estão muito longe de representar um modelo de alimentação saudável e, entre uma mordida e outra, a criança pode estar dando o primeiro passo rumo á obesidade e muitas outras doenças. Considero que ser obeso nem é o único problema. Pior é ingerir produtos errados que desconcentram as crianças e as tornam débeis e com ar anémico.
Muitas das faltas de presença dos alunos desta região se deve a uma má alimentação. Muitos queixam-se de dores aqui e ali e outros facilmente constipam ou apontam outros motivos ligados á saúde. Há estudos que demonstram que crianças mal alimentadas não conseguem aprender e se tornam mais apáticas.
Os pais também não se dão ao trabalho de fazer o lanche e acham que isso compete á escola e um dia destes ainda vão exigir além da Educação sexual, também a Educação Alimentar!
Essa deve ser a preocupação dos profissionais de nutrição, médicos e nutricionistas. E fazer com que os padrões de educação nutricional recebida em casa se estenda ás escolas (se é que há boa educação alimentar em casa!). Mas, enquanto essas iniciativas não acontecem, recomenda-se que os pais substituam o cardápio calórico, que faz sucesso entre os miúdos, por alimentos que sejam nutritivos e, ao mesmo tempo, atraentes, variados e coloridos.
É uma pena que as nossas Associações de Pais não se manifestem de forma activa sobre o que os seus filhos petiscam na escola! Deviam fazer um maior controlo sobre as refeições quentes, etc.
Deviam exigir leite puro em vez de achocolatados, sandes variadas de legumes, fruta variada etc.
O que realmente acontece é que os bufetes das escolas limitam-se a vender croissants gordurosos, chocolates, fantas e pouco mais… uma ilusão que prejudica a saúde!
Na vida activa, cada vez há menos tempo para uma alimentação saudável, o ritmo de trabalho obriga muitas vezes a saltar refeições e a que se coma mal e depressa. Mas, é urgente cuidar dos nossos jovens e devemos lembrarmo-nos da máxima: “Alma sã em corpo são”.

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