25 abril, 2006

A História repete-se

Este ano as comemorações do 25 de Abril aqui na bilha ficam marcadas por um programa especial com cheirinho a MFA (Movimento das forças Armadas). Cabe esse papel às escolas moribundas, quase em forma de socorro. Só falta o último golpe de misericórdia da Cambra. Temos que recordar esses tempos em que se falava de repressão e se exigia liberdade! Abaixo o colonialismo da Cambra e acima o poder do povo! Democratizar, Descolonizar e Desenvolver foi o lema que então fez regressar Portugal ao fórum das nações livres e amantes da paz. E agora teremos de fazer um novo 25 de Abril? O 25 de Abril foi um marco histórico. Graças a ele temos, quanto mais não seja, o mais precioso dos bens: A liberdade de expressão. Até a liberdade de dizer mal dele, se quisermos! Ninguém nos vai prender se o fizermos. No entanto, e sem nos esquecermos que a liberdade é um bem a preservar e pelo qual devemos lutar em qualquer altura, sem nos esquecermos também que quem nesse dia se resolveu revoltar correu muitos riscos, devemos ter a consciência que, cada ano que passa, o poder vai passando para as mãos dos que já não se podem lembrar do que se passou nesse dia. Cada ano que passa o passado é mais passado e o futuro mais futuro. E a história repete-se com o povo de Arrifana (Manhouce) e Riomeão (Mata). Vão mais uma vez reivindicar os seus direitos e recordar o passado de forma barulhenta a fim de que o futuro dos seus filhos seja melhor e não os deixe anestesiados e apáticos ao ver a sua escolinha fechada. Psicologicamente falando esta situação pode trazer graves problemas a estas crianças e a Cambra que se prepare para financiar psicólogos para minorar os seus estragos? É urgente haver liberdade…

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