Cumpre esclarecer, antes de mais, que não vos quero falar do sistema judicial, nem do tribunal da Cruz, da Remolha ou do Rossio (até porque nenhum desses sítios tem tribunal…). A Cruz a que me refiro, transportada por inúmeros Juízes por este país fora, é a Cruz Pascal.
Não sendo um católico afoito, todos os Domingos de Páscoa dou o beijo da “praxis” na dita Cruz. Faço-o pelo que acredito, pela Fé, mas ainda que assim não fosse, creio que o faria só pelo respeito que a tradição me merece. Como não sou tão velho quanto isso, tenho pouco mais que duas dezenas de anos. Já dei uns quantos beijos naquela Cruz. Lembro-me perfeitamente de quando era mais novo, em que acordava muito cedo sempre na expectativa que chegasse o Compasso. Não perderia aquilo por nada. Era uma espécie de Natal fora de tempo, em que o Pai Natal eram os padrinhos e os presentes o folar. Confesso que agora (este ano por exemplo) sou acordado em cima da hora, de modo que se beijasse o menino Jesus naquela hora, certamente o colocaria em maus lençóis perante a GNR… Tudo culpa da Super Bock, que teima em fazer cervejas de qualidade…
Mas, não obstante o sono que me atormentou durante a visita do Compasso, este ano tornei a confirmar uma tese que “engenhei” em anos transactos. Volvidos mais de 20 beijos na Cruz, separados, cada um e entre si, por um ano, creio estar em condições de afirmar que a malta do Compasso é sempre a mesma. Se não são os mesmos, são filhos deles… e netos, agora trazem netos!!!
É uma conclusão algo estranha. Dado que o “evento” é religioso, que os católicos são todos iguais perante Deus, porque é que são sempre os mesmos os escolhidos para nos visitar na Páscoa? E, já que estou numa de indagar a lógica das coisas, porque é são todos das mesmas famílias? Isto para não perguntar… porque é que são (quase) todos do PSD? Juro-vos que antes de o escrever já o perguntei a algumas pessoas. As respostas foram várias: “porque são pessoas de respeito!”, “porque vão à missa!”, “porque são as únicas que se oferecem” ou “porque são pessoas que já sabem o que hão-de fazer”!!! Eu percebi, discordei… mas percebi!
Mas será que não há mais ninguém de respeito na freguesia? Alguém de respeito que assista a missas? E que tenha gosto em participar? Claro que tem de saber o que fazer… mas isso os outros também não sabiam quando começaram! Ou será que a malta de respeito, que vai à missa, e se oferece porque sabe o que fazer… é toda do PSD?
Mais estranho ainda. Tenho um amigo que se inscreveu na JSD em 2003. Inscreveu-se “porque tem amigos que são. Nem gosta mas pode precisar deles e, se o for, pode ter… vantagens!” E não é que desde essa altura é vê-lo nas organizações da MACUR (é Pai Natal), nas mesas de voto, nos Compassos… é vê-lo… é vê-lo na lista do PSD à Junta de Freguesia de Rio Meão!! É certo que ele é um moço de respeito, mas como ele conheço mais 50 na freguesia. Não acredito que ele se ofereça, muito menos que ele perceba alguma coisa de religião e Compassos… e tenho a certeza que ele e missa são incompatíveis.
Tudo somado, só posso concluir que se quiser fazer parte do Compasso, no fundo a razão que me levou a escrever estas linhas, tenho de me tornar citrino… Porque em Rio Meão, mesmo em época de coelhos e amêndoas, são as laranjas que mais ordenam!!!
P.S.: Quero deixar claro que não tenho nada contra as pessoas que compõem o Compasso na minha Rua e/ou freguesia. Isto claro, sem contar com a parte de me sacarem um envelope com dinheiro sempre que cá vêm!!! Sou até amigo de alguns. Pelo que confio, ancorado nessa amizade, que percebam o alcance do meu texto.
Não sendo um católico afoito, todos os Domingos de Páscoa dou o beijo da “praxis” na dita Cruz. Faço-o pelo que acredito, pela Fé, mas ainda que assim não fosse, creio que o faria só pelo respeito que a tradição me merece. Como não sou tão velho quanto isso, tenho pouco mais que duas dezenas de anos. Já dei uns quantos beijos naquela Cruz. Lembro-me perfeitamente de quando era mais novo, em que acordava muito cedo sempre na expectativa que chegasse o Compasso. Não perderia aquilo por nada. Era uma espécie de Natal fora de tempo, em que o Pai Natal eram os padrinhos e os presentes o folar. Confesso que agora (este ano por exemplo) sou acordado em cima da hora, de modo que se beijasse o menino Jesus naquela hora, certamente o colocaria em maus lençóis perante a GNR… Tudo culpa da Super Bock, que teima em fazer cervejas de qualidade…
Mas, não obstante o sono que me atormentou durante a visita do Compasso, este ano tornei a confirmar uma tese que “engenhei” em anos transactos. Volvidos mais de 20 beijos na Cruz, separados, cada um e entre si, por um ano, creio estar em condições de afirmar que a malta do Compasso é sempre a mesma. Se não são os mesmos, são filhos deles… e netos, agora trazem netos!!!
É uma conclusão algo estranha. Dado que o “evento” é religioso, que os católicos são todos iguais perante Deus, porque é que são sempre os mesmos os escolhidos para nos visitar na Páscoa? E, já que estou numa de indagar a lógica das coisas, porque é são todos das mesmas famílias? Isto para não perguntar… porque é que são (quase) todos do PSD? Juro-vos que antes de o escrever já o perguntei a algumas pessoas. As respostas foram várias: “porque são pessoas de respeito!”, “porque vão à missa!”, “porque são as únicas que se oferecem” ou “porque são pessoas que já sabem o que hão-de fazer”!!! Eu percebi, discordei… mas percebi!
Mas será que não há mais ninguém de respeito na freguesia? Alguém de respeito que assista a missas? E que tenha gosto em participar? Claro que tem de saber o que fazer… mas isso os outros também não sabiam quando começaram! Ou será que a malta de respeito, que vai à missa, e se oferece porque sabe o que fazer… é toda do PSD?
Mais estranho ainda. Tenho um amigo que se inscreveu na JSD em 2003. Inscreveu-se “porque tem amigos que são. Nem gosta mas pode precisar deles e, se o for, pode ter… vantagens!” E não é que desde essa altura é vê-lo nas organizações da MACUR (é Pai Natal), nas mesas de voto, nos Compassos… é vê-lo… é vê-lo na lista do PSD à Junta de Freguesia de Rio Meão!! É certo que ele é um moço de respeito, mas como ele conheço mais 50 na freguesia. Não acredito que ele se ofereça, muito menos que ele perceba alguma coisa de religião e Compassos… e tenho a certeza que ele e missa são incompatíveis.
Tudo somado, só posso concluir que se quiser fazer parte do Compasso, no fundo a razão que me levou a escrever estas linhas, tenho de me tornar citrino… Porque em Rio Meão, mesmo em época de coelhos e amêndoas, são as laranjas que mais ordenam!!!
P.S.: Quero deixar claro que não tenho nada contra as pessoas que compõem o Compasso na minha Rua e/ou freguesia. Isto claro, sem contar com a parte de me sacarem um envelope com dinheiro sempre que cá vêm!!! Sou até amigo de alguns. Pelo que confio, ancorado nessa amizade, que percebam o alcance do meu texto.
enviado por Xico Esperto
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