TRETAS ESCOLARES

Era dia de festa lá num sítio perto da escola primária de Sanguêdo. Tinha sido entregue um convite ás crianças para o dia 18 de Junho. O convite era feito pela Associação de pais e encarregados de educação. A aderência nunca foi muita e não ia ser o dia de hoje em que a coisa pudesse mudar! As pessoas preferiram o futebol e não estão para gastar o seu pouco dinheiro numas carnes mal passadas pela brasa. E depois terem que cumprimentar pessoas que estão no poleiro do cargo desde sempre como representantes de todos os outros. Ainda assisti a umas reuniões, mas tudo já estava decidido! Ainda escolheram uns elementos para auxiliar o chefe…é que já havia chefe…um tal de senhor Fontes!.
O tal sujeito nunca foi eleito por ninguém da escola, e na altura nem era da terra …mas pelos vistos era ilustre lá no agrupamento de Argoncilhe. Como não concordo com assuntos mal explicados e situações pouco democráticas afastei-me. Como encarregada de educação passei a preocupar-me com o que dizia a professora e com as observações pronunciadas pela mesma sobre o meu educando. E finalmente ao fim de quatro anos posso afirmar que quem nos representou lá no agrupamento de Argoncilhe não corresponde a uma legítima escolha democrática! Talvez seja por isso que os pais de Sanguêdo sofram muito por serem obrigados a colocar os seus filhos na Escola E.B. 2/3 de Argoncilhe. Se tivemos um 25 de Abril e passamos a ser um país livre, não entendo o porquê de não se poder colocar um filho na escola que se deseja. Nem no tempo de Salazar isso acontecia!

by Mãe de um aluno