Quer mesmo comer transgénicos?

Há quem diga que os Portugueses são os menos esclarecidos de toda a União Europeia sobre esta coisa dos transgénicos! Os ditos entendidos cientistas não tem uma posição uniforme em relação ao tema. Há quem os defenda e também quem os condene. Os que defendem os transgénicos, dizem que os avanços científicos implicam risco, mas vale a pena. Acrescentam que o valor nutricional dos alimentos pode ser melhorado e dizem também que os transgénicos podem resolver a questão alimentar dos países menos desenvolvidos, por permitirem uma maior produtividade. As dúvidas geram grande insegurança! Os aspectos positivos dos alimentos transgénicos são o aumento na produção de alimentos, a alteração do valor nutricional dos alimentos, o desenvolvimento de espécies com características desejáveis e uma maior resistência dos alimentos ao armazenamento por períodos maiores.

Depois, temos aqueles que estão contra os transgénicos, apontando-lhes muitos inconvenientes. Dizem que somos cobaias de uma má experiência contínua, que não tem controlo. Portugal segue a lei europeia em relação aos transgénicos. A rotulagem é obrigatória em alimentos com mais de 1% de transgénicos. Aqueles que têm menos de 1% não necessitam de indicar isso no rótulo. Quer isso dizer que já todos comemos transgénicos, mesmo que em pequenas quantidades. A soja e o milho foram os primeiros alimentos a serem geneticamente modificados. Portugal já produziu milho transgénico em 1999, mas actualmente não produz, limitando-se a importar. Na União Europeia, a Espanha é o maior produtor de alimentos transgénicos. Não se sabe se alguém morreu por causa deles, mas sabemos que há contaminação do solo e também modificações em insectos. A olho nu não é possível distinguir os alimentos com substâncias dessas, mas quando uma semente transgénica é semeada, toda a sua descendência continuará a sê-lo, pelo que são necessárias análises especializadas para se poder seguir a sua presença. E são muitos os aspectos negativos como o aumento dos sintomas de alergias, uma maior resistência a agro tóxicos e antibióticos nas pessoas e nos animais, aparecimento de novos vírus, a eliminação de populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas, redução e empobrecimento da biodiversidade desenvolvimento de ervas daninhas muito resistentes que podem causar novas doenças e o desequilíbrio da natureza.
Mas quando temos um Terceiro Mundo esfomeado e sem alternativa, anos e anos seguidos, há que repensar! Quando a fome aperta ninguém vai verificar o que diz no rótulo de um alimento. Entre morrer e viver há só uma resposta. Mas compreende-se a posição dos que vivem bem! Depois, sabemos que há pessoas muito cuidadosas na sua alimentação e nem por isso deixam de ter uma saúde débil e muitas doenças!