A NOSSA PRAIA

No outro dia vieram dizer que o meu filho mais novo iria ter a sorte de fazer limpezas numa dita praia aqui do norte de Portugal. Embora eu concorde com todas as medidas que a Quercus e outros organismos fazem em questões de bom ambiente e qualidade de vida das nossas praias. O que não concordo é colocar criancinhas de rabo para o ar a apanhar lixos estranhos ao longo do areal. Se há fiscalização para carros mal estacionados na praia ou banhistas daltónicos que entram na água em hora má ou de bandeira inapropriada, então onde há os vigilantes dos que controlam os lixos?

Nas praias costeiras a concessão do areal é da responsabilidade das Administrações Portuárias ou das Capitanias; a atribuição das concessões dos apoios de praia é da responsabilidade das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR); a vigilância é da responsabilidade dos concessionários ou das autarquias, fiscalizados pelas Capitanias; as análises das águas nas praias costeiras são efectuadas pelo Instituto de Ambiente.
Depois de saber isto tudo, decidi proibir a criancinha da tal limpeza de praia! Não a quero com beatas na mão ou com cascas de qualquer fruta cheia de vermes nojentos. Mesmo que tenha luvas ou batina de protecção, entendo que o melhor é a piscinazinha aqui de casa e aquela areia branquinha que eu estendi pelo pátio…
Que utilizem os reclusos nas limpezas, que comprem máquinas de limpeza do areal e que as utilizem durante a noite. E como já é moda também podiam criar espaços vedados e com chão isolante para fumadores e comilões. Assim, como temos que nos deslocar ao urinol, também devíamos nos deslocar a um sítio específico para lanchar ou almoçar. É que quando vou á praia espero usufruir da maresia e outros cheiros típicos da praia e não cheiros de assados ou fritos da cozinha lá de casa.

Se temos que mudar hábitos…que sejam os adultos os primeiros a dar o exemplo…