16 maio, 2007

...no Hospital da Feira

Kouzas e Louzas


Durante estes dias recebi um e-mail de uma amiga do Kouzas, para eu ler e recriar um post à minha maneira! É uma situação que infelizmente acontece em vários hospitais, mas concretamente este passa-se no Hospital da Feira.

Perante o que li, não devo alterar uma vírgula, pois todos de uma maneira ou de outra já passamos por casos semelhantes. Eu por exemplo, tive um caso idêntico!

Publico o texto na esperança que o mesmo sirva de alerta para quem tem o dever de alterar este estado de coisas!

"Na morte, todo o ser humano deveria ter direito à dignidade de um passamento acompanhado daqueles que mais ama.

Vem isto a propósito de uma situação deveras desagradável que um amigo passou no Hospital da Feira quando aí se deslocou para visitar um amigo em agonia de morte.

O espectáculo que se lhe deparou é deveras macabro e deve ser contado à sociedade para que a dignidade pelo menos na morte seja respeitada e exigida.

Um homem numa perfeita agonia de morte, rodeado por esposa e filha a sofrerem pelo passamento do ente-querido, tudo isto numa enfermaria, com os restantes cinco doentes mais as suas visitas olhando para este espectáculo deprimente e doloroso que deveria ocorrer num espaço mais isolado e longe da vista de terceiros. Situação terrível para quem está a sofrer e nada, mas mesmo nada favorável aos restantes companheiros de enfermaria, cada um padecendo não só das suas próprias doenças mas, tendo que estar a assistir à tragédia na cama do vizinho e parceiro de sofrimento.

Em situações congéneres deveria ser obrigatório ou o isolamento através de cortinas do doente em fase terminal ou a sua deslocação para quarto único, de forma a conceder ao ser humano em fase terminal não só a dignidade, mas também o direito à privacidade no passamento para o além, assim como conceder a uma família perfeitamente destroçada a possibilidade de acompanharem com a mesma dignidade os últimos momentos de vida do seu ente-querido."

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