07 maio, 2007

E se fosse Portuguesa?

Estão quase a completar-se cinco dias desde que a pequena Maddie desapareceu. São dezenas de elementos da Judiciária, 60 soldados da PSP e GNR, dezenas de bombeiros e elementos da Protecção Civil, um helicoptero, barcos da guarda costeira, ao todo aproximadamente 150 pessoas que pesquisam tudo e por todo o lado, até o Governo enviou um porta-voz para o Algarve.

Tenho estado atento às notícias, algumas delas exageradas como é óbvio e convém.
Não haverá por certo ninguém que não lamente o desaparecimento da pequena Maddie.
Convém contudo não esquecer que existem muitas outras Maddie por esse mundo fora e neste nosso País.
A falta de cuidado (deixem-me dar assim este tratamento soft) dos pais, face à lei britânica, poderá vir a custar-lhes 2 a 3 anos de cadeia pelo facto de abandonarem as crianças a dormir enquanto jantavam.
Concordo em absoluto com todo este envolvimento das forças de segurança (e não só) portuguesas, mas dou comigo muitas vezes a meditar, e não quero acreditar que todo este envolvimento se fica a dever ao facto de ser uma criança Britânica e de este desaparecimento acontecer no Algarve. Provávelmente a pequenina e inocente Madeleine vai-se juntar à Sofia Catarina (desaparecida há 3 anos), à Cláudia Alexandra (já lá vão 13 anos), ao Rui Pedro (desaparecido há 9 anos) e a tantos e tantos outros que nunca mais apareceram para enorme desgosto de seus Pais.
Se tivesse sido uma qualquer criança Portuguesa as nossas forças de segurança envolveriam tantos meios? Teriam os mesmos cuidados? Continuariam as buscas ao fim destes cinco dias?
Quinta-feira passada foi a Maddie, um destes dias infelizmente outra criança será, e então poderemos aferir dos cuidados e da determinação das nossas forças de segurança.

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