Dizem que a Matemática é um dos quebra-cabeças do sistema educativo português! Verificamos que muitos alunos não se interessam pelos assuntos da disciplina e os professores sentem dificuldade em ensinar aqueles que não querem ser ensinados. É o mesmo que perfumar um cesto de batatas podres e fedorentas. Não há volta a dar!!! Os maus resultados escolares, quer nacionais quer internacionais, acabam por reflectir esse desencontro permanente e sem explicação ministerial. No início deste ano lectivo, o Ministério da Educação pôs em prática o Plano de Acção para a Promoção do Sucesso na Matemática nas escolas portuguesas. Enfim, …mas uma coisa que é bonita de se ver no papel! Um conjunto de medidas interessantes que, na minha opinião e também dos especialistas, pode não passar disso mesmo. O estudo sério e profundo deveria ser verificado e testado em termos de genética histórica e de preferência dos mesmos. E porque é que em termos cognitivos os portugueses são obrigados a ser bons e a gostar do que não gostam? Eu sei que os legumes fazem melhor do que o chocolate, mas ninguém vai obrigar-me a comer as ditas verduras. Um ser é livre de decidir no que gosta! E na Matemática também!
E não é pela Ministra se sentir obrigada perante os outros europeus a apresentar resultados que os jovens vão passar a gostar da matemática. Não é desafiar os professores a fazerem um diagnóstico aprofundado dos problemas da aprendizagem dos alunos e a definir projectos de intervenção que se resolvem esses problemas.
E onde está o feed-back do ministério da educação?
Apenas não existe! Mas é visível que há um propósito evidente para que os nossos jovens continuem a não brilhar nos exames de Matemática. Vejamos a data do exame de Matemática desta 1ª fase a decorrer esta semana! Imaginem que o exame vai acontecer das 11.30h até ás 14h! Acham que os jovens vão almoçar a sopa e o bife ás 10.30h da manhã? Claro que não! A ideia é fazerem o exame de barriga vazia a dar horas e depois os resultados reflectem esse vazio estomacal. Existem provas cientificas de que com fome não há sucesso intelectual!
Também o facto de passar o exame de 12º ano de 120 minutos para 150 minutos não significa que o número de perguntas vã ser menor. É mais cansativo e não é desta forma que vamos ter sucesso! Os exames deviam ser apenas fundamentais para estimular a excelência no ensino e, com esta, o sucesso escolar. Mas se tal não está de acordo com a forma de pensar dos nossos jovens, há que os reduzir em quantidade e tempo de duração.
A solução estaria em desenvolver outra alternativa aos exames, algo mais lúdico e mentalmente mais prático. Há que evitar que os jovens stressados optem nestas épocas por drogas e entrem numa espiral de isolamento social, passando muito tempo sozinhos "Isso não é saudável e pode desencadear reacções psicossomáticas que levam a crises de pânico."
Existe quem defenda que os professores devem usar o “coaching” em relação aos alunos e nunca a pressão do resultado final! O treino é que deve ser classificado/certificado e nunca um único resultado final. Há quem lhe chame técnica de Scrum racional…
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