O meio milhão de pessoas vão-nos deixar assim tristes e abandonados?
Devemos não mostrar cegueira no balanço desta Viagem Medieval em relação à sua importância para o nome da nossa bilha! É mesmo muita gente que nos visitou nestes dias. Como o disse a alguém, a nossa bilha está nas bocas do pobo nestes dias e não devemos esquecer que somos apenas uma terrinha que está plantada no “interior Cultural”! Como alguém deu a entender, não é com uma descarga no rio caster que podemos dizer mal deste evento. Aliás, não percebo porque é que as “autóridades” quiseram fazer de conta que o rio vai limpo, quando apenas enfeitaram onde passa a procissão, como disse o nosso Kouzinha colaborador Galileu! E não percebo porquê se numa recriação mais séria, o rio com certeza estaria cheio de porcaria.
De facto sou obrigado a reconhecer que o nosso pobo gosta da “Festa da Febra”! Por muito que esperneiem tudo isto não passa de uma festa das colectividades em tamanho gigante! Quem percorreu durante estes meses passados as outras festas verificou que gente é kouza que não falta. Ok…. Nesta festa havia uns adereços medievais e alguma recriação com alguma (pouca) realidade histórica. Pergunto se algumas das recriações não terão sido feitas por alunos da escola primária castelhana?!
Ao ler estas palavras, há sempre quem diga que isto não passa de maledicência, e que os números contrariam a kouza dita. Alberto João da Madeira, também tem imensa gente no Carnaval, kouza também importante para a terra dele….mas não me digam que por ter muita gente, aquilo é uma recriação fiável de algum outro Carnaval!
Continuo a pensar que o Imaginarius é uma kouza que faz o que se propõe e tem algum negócio como suporte, enquanto a Viagem é a “Festa da Febra Gigante”, com imensos negócios e com alguns adereços como suporte.
Não fiz essa pergunta a nenhuma associação, mas duvidam qual seria a resposta se perguntasse qual a razão de estarem presentes nas tasquinhas? Porque é que as Associações não escolhidas ficam aborrecidas? Será por não poderem participar no espírito Medieval? Não…claro que não….ficam lixadas por perderem a hipótese de engordar e muito o seu orçamento anual…..e mais nada!
Na conversa que a RCF teve com os “senhores da Viagem” o Nelsinho insinuou e é algo que deveria ser obrigatório. “ As associações não deveriam ser obrigadas a terem uma participação activa na animação da viagem?” Não venham com a treta de que com os chapéus e a venda da “febra” é considerada animação! Bem sei que para algumas associações não seria tarefa fácil poderem participar…. mas se não podem, dão lugar a quem pode!
Em Mozelos, na nossa “Festa da Febra”, chamam à kouza uma “Mostra das Colectividades”! Já o disse a quem organiza que de facto os participantes deveriam “mostrar” o que durante um ano fazem. Mas nenhuma sem excepção faz mais que amealhar uns cobres na venda da febra! A organização também sabe que se quer apresentar alguma kouza no relatório de actividades (pouco) culturais não pode pedir nada….corriam o risco de nada terem.
E agora?!
Como agora voltaremos à normalidade, sim podemos então voltar à nossa Viagem Medieval, pessoal e intransmissível!
Agora vamos passear na nossa Viagem Medieval à séria mesmo! Veremos quantas e quantas descargas no rio Caster? Quantos cheiros e vistas desagradáveis teremos durante todo o ano nas nossas ruas medievais?
Quantas visitas teremos da “realeza avariadora” às nossas terras?
O que não gosto é de chamar à viagem a celebre “kouza de Pão e Circo”! Pois todos sabemos que no circo pagamos bilhete…e na viagem não pagamos……ainda!
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