07 agosto, 2007

Só onde passa a procissão

Kouzas e Louzas

Estávamos próximos da viagem medieval. Havia que limpar a montra, melhor o que ia estar exposto ao olhar dos forasteiros.

Kouzas e Louzas

O rio de brincar, como cantou Luis de Góis, o Cáster, foi virado ao avesso. As areias foram mexidas, tudo limpo para que durante dez dias os maus cheiros não incomodassem. De facto valeu a pena, a água vai limpa, diz-se que até lá colocaram peixes. Lindo, para forasteiro ver.
No meio de tudo isto há um senão. O Cáster só foi limpo onde passava a procissão, melhor, onde há Viagem Medieval. É que poucos sabem, mas como sou curioso, descobri uma mina. Imaginem uma mina de poluição. A poente das piscinas, junto ao rio, existe algo com uma sebe a servir de cerca. Espreitei e vi que era uma ETAR. Disse bem era, já foi há muito tempo. ETAR, é uma estação de tratamento de águas residuais, agora é mais uma EPAR, ou seja, uma estação de passagem de águas residuais.

Kouzas e Louzas

Mesmo no final da Viagem Medieval, a EPAR, tem uma conduta a despejar aquilo que ninguém quer em casa para o rio.

Resultado, dali para baixo está tudo como dantes, ali não passa a procissão.

Há quem diga que devia ser Natal todos os dias, nós por cá dizemos que bom se a procissão passa-se por todo o rio, porque não por todo o concelho.

Kouzas e Louzas

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