O nosso concelho está cada vez mais verde.
Cheguei a esta agradável conclusão faz amanhã quinze dias, após regresso du Paris de France (onde estive a trabalhar meia dúzia de anos), e numa altura em que, por cá, estava bastante acesa a discussão em torno da localização do Parque de Sucatas.
Reconheço que esse escaldante debate gerado pelo EIA do PERM, em todos os órgãos de comunicação social (oficial ou não e incluindo a blogosfera), quase me ia fazendo esquecer a significativa melhoria ambiental desta nossa terra. Seria indesculpável.
Mas vamos lá ao que interessa.
Efectivamente, não há canto ou recanto desta terra que tem um castelo de Reis e de Princesas, onde não tenha crescido aquilo a que vulgarmente apelidamos de ervas daninhas.
Portanto, a partir de agora, qualquer aspirante a alcaide da nossa cambra, devia ficar proibido de vociferar baboseiras do tipo “...isto é só betão...” ou “...arranjem-me um parque verde ou de merendas lá p’rá minha terra...”. Se isso acontecer, deverão ser essas bocas consideradas blasfémias em primeiro grau...
Quero também aqui deixar o testemunho, datado e assinado, de que subscrevo por completo esta política da Cambra, na qual não há cá filhos da mãe e filhos de enteados: todas as freguesias são tratadas em iguais circunstâncias. E eu percebo: o verde, quando nasce (e nasce aos magotes) é para todos. Seja rico ou pobre. Goste-se mais de laranjais ou de rosais.
Acho bem. Acho mesmo muito bem.
Bem sei que o clima deste ano tem sido particularmente propício ao crescimento rápido e desenfreado de ervas e silvados. Até as planícies Alentejanas estão verdes. Mas caramba, devemos reconhecer o investimento da Cambra e dos Ajuntamentos de Fregueses em “ajardinar” todas as ruas, picaderos e passeios do concelho.
E também não têm descurado a permanente manutenção desses novos “corredores” de ervas daninhas. Há locais, principalmente nos centros de algumas freguesias, que “aquilo” já tem quase a minha altura.
Ora, considerando que eu sou um gajo de média estatura (a pender p’ró grande), a coisa nem está mal.
Tenho de admitir que esta terra das febras começa, efectivamente, a ser um bom local para viver.
A partir de agora, quando amigos de terras longínquas me segredarem que a Feira é muito conhecida pela Viagem Medieval e pelo Imaginarius, eu vou reforçar:
- E é também uma terra onde o asseio é tratado por tu: com montes e montes de ervas daninhas...
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