Em tempo de férias, todos os lugares bonitos e interessantes se transformam em locais excessivamente turísticos. Depois farto-me de ver aqueles carrinhos com matrículas estrangeiras. Como alternativa, decidi ir a alguns sítios menos visitados, onde mais facilmente encontrarei a tranquilidade desejada. Não os menciono para não ter que os gramar por lá, às resmas no próximo Verão!
Se para a maioria dos Feirenses sem dinheiro e sem grandes ideias, o melhor é ficar em casa ou ir para a praia mais próxima de camioneta ou no Vouguinha, já os outros com algum pé-de-meia cismam teimosamente em trotar até ao sul.
Para mim, férias continua a significar descanso do corpo e da alma! Sem barulhos, sem despertadores, sem telemóveis, sem cozinhar, sem controlo robótico…
Mas a palavra férias mudou de sentido! Agora, férias significa lazer e ocupação dos tempos livres. Na prática estamos perante uma oportunidade de negócio e, sobretudo, de desenvolvimento de algumas regiões incapazes de desenvolver a indústria e outros. Acabam as férias e estão todos cansados e alguns com a carteira totalmente vazia.
Realmente fica caro alugar um sítio lá no sul! Estar por lá e mostrar-se aos outros também é preciso e ficar com uma cor mais acastanhada é uma exigência.
Para quem desejar encontrar os portugueses a passear por lá, só acontece depois de cozinharem as batatas trazidas do norte e lavarem a louça. Depois é vê-los por lá a deambular com ar de ricos a fazer a digestão do jantareco doméstico. Choram o preço do café sem paladar e voltam para o mesmo sítio. Em dias especiais optam pelo gelado. E repetem a coisa nos dias seguintes!
É que encher malas e esvaziar, cansa imenso. E a viagem também não é fácil!
Mas dias de férias são exactamente isso! Trabalhar imenso, apenas de forma diferente e em situações quase novas. Há quem fale em ocupação de tempos livres!
Depois existem aqueles que insistem em andar de avião e aterrar em sítios de furacões e ciclones. Além de passarem por situações incríveis, impróprias para cardíacos, ainda tem a sorte de aparecer na televisão a dizer que não repetem. Pois, também se repetissem só seria daqui a 10 anos… de poupanças…
Também existe aquele pequeno grupo que sente falta da confusão, do trabalho, da poluição e das mentes rotineiras…
E o repouso? E o descanso?
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