“- Ó patrão, controla aí um cliosito, nem que seja de cinco lugares e com ar condicionado”.
“- Ó chefe, eu já assinei a ficha na Rua das Descobertas, e preciso de um carrito para começar a trabalhar. Sabes como é, não é verdade?”.
“- Ó companheiro, a minha catrel já está muito velhinha. Vê lá se arranjas aí um Megano de velocidades tomáticas”.
- Oui, n’est pá!
Estas são algumas das expressões que, por estas alturas, se podem muito bem ouvir nos corredores sombrios da nossa Cambra da coba.
Pois é… Dos cantoneiros aos chefes mas pouco, não há quem não utilize um automóvel da Cambra para os seus pesados e prezados serviços.
Esta nova forma de ser militante municipal (oops, funcionário camarário) está a dar cartas. Ou, se quiserem, a dar muitos quilómetros.
Diz-se por aí, que tal ideia luminosa partiu de dois ilustres avariadores que sonham tomar de assalto o cadeirão do poder: não sei quem são mas desconfio…
Mas, a ser verdade, numa altura em que a famosa “contenção financeira” está tão na moda, não percebo qual é a lógica de se andar a alugar dezenas de viaturas para os senhores funcionários camarários.
Funcionário que se preze, anda, nos dias que correm, de carro novo. Nem que seja só para levar e trazer recados que, com um simples toque telefónico, seriam consumados com a mesma eficácia (sem agravar o problema da camada de ozono).
Não concordo com esse estado de coisas.
Ainda para mais sabendo, como é sabido, que todos sabem, que eles dizem que o dinheirito está todo a ser canalizado para o saneamento.
Ao menos, deviam perceber que só as viaturas todo-o-terreno são eficazes nesta fase tão… avariada das finanças municipais.
Portanto, proponho que automóveis sejam todos recambiados aos stands de origem e sejam substituídos por Jeep’s (ou (Suv’s) de última geração – gosto particularmente do SUV da Mercedes. - É a minha costela alemã.
Por hoje, cést tout!
Desejo a todos e muito em particular aos automobilistas da Cambra, umas boas férias e uma muito boa viagem.
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