21 outubro, 2008

Nota de Imprensa II (Totalmedia)

ILDA FIGUEIREDO CONTACTA COM TRABALHADORES DA TOTALMEDIA
Na manhã do passado domingo, 19 de Outubro, a deputada do P.C.P no Parlamento Europeu
Ilda Figueiredo, acompanhada de vários dirigentes distritais e concelhios deste Partido, encontrou-se com trabalhadores desta empresa, que se manifestam à porta das suas instalações na Zona Industrial de Riomeão desde sexta-feira, denunciando o verdadeiro clima de terror e escravidão que ali vigora.
Com efeito, e na base dos dados disponíveis e expostos à referida delegação, tudo aponta para uma flagrante ilegalidade desta empresa, associada do Grupo Sonae e especializada na entrega de electrodomésticos ao domicílio de grandes supermercados, uma vez que a partir de contratos individuais de prestação de serviços, na maior parte dos casos sonegados aos próprios trabalhadores, impõem-lhes condições e ritmos de trabalho perfeitamente diabólicos, num esquema refinado, em que acabam por ser, imputados aos mesmos, todos os encargos da circulação e manutenção da respectiva frota, tornando-os autênticos escravos do século XXI, já que na realidade estão a pagar para trabalhar. Exploração indescritível e inadmissível no Portugal de Abril.
Mas não contente com todas estas violações aos mais elementares direitos, a direcção da Totalmedia, no decorrer da luta dos motoristas, usou de todo o tipo de provocações e agressões verbais e físicas contra os manifestantes que não podem ficar impunes. Mais do que uma violação grosseira do direito ao trabalho, parece estarmos em presença de um verdadeiro caso de polícia a que as autoridades e entidades governamentais não podem fechar os olhos.
Vivemos num Estado de Direito e, por muito que custe a certo patronato há um mínimo de regras e princípios a cumprir, não obstante a política de desregulamentação das leis laborais e proliferação da precariedade, como é o caso, que o Governo PS/ Sócrates quer ainda levar ao extremo com as malfeitorias do novo código do trabalho.
Ilda Figueiredo e demais membros da delegação do P.C.P., solidarizando-se com esta justa luta, comprometeram-se a tudo fazer, não só para denunciar este escândalo como para intervir no seu campo de acção, em defesa dos legítimos direitos dos trabalhadores lesados por sistema tão ignóbil e fraudulento.

Stª Mª da Feira, 20 de Outubro de 2008
Comissão Concelhia de Stª Mª da Feira do P.C.P.

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