Tenxeiro, o porteiro, ficava por vezes horas a reflectir sobre o dilema da porta.
O portal no sentido real ou figurado sempre foi um lugar de oportunidades: para sair ou para entrar… Se mais não fosse...
Para quem eventualmente sofresse de claustrofobia a fuga para a liberdade teria por ali a sua única saída; mas para quem, pelo contrário, ambicionasse protecção, conforto e instalamento… ali estava uma boa oportunidade para entrar!
Para ele, o sentido da porta sempre foi um grande enigma existencial:
Quem somos nós? Para onde vamos?...
Cada pessoa tem um sentido privilegiado. Ele gostava de os ver passar…
E foi assim que se tornou o fiel encarregado da portaria.
(Cronicas de El Meme III)
Sem comentários:
Enviar um comentário