Nogueira, assim mesmo, sem mais, é aquela santa terrinha, à beira mar quase plantada.
São, melhor, eram de lá, as celebérrimas, - eu, nunca em tal ouvi falar, confesso a minha ignorância - Rachonas. O nome não lhes advém da racha, mas sim, por serem exímias, na arte de deitar pinhas abaixo, dos pinheiros, entenda-se. Pensava eu, pelos vistos mal, que nisso de pinhas, era com os de Lobão. Mais ignorância minha.
Mas hoje, pela parte que me toca, ignorância e desconhecimento é o que está a dar. Agora que vou apelar à minha memória, estou de novo sujeito a falhar. Se acontecer, perdoem-me, que a idade, essa não perdoa.
É assim, ou penso eu que foi assim. Em tempos, Nogueira, e já agora vai o nome completo, da Regedoura, não andou com umas ideias separatistas? A mim, parece-me que sim. Eram os tempos do “vai ou racha” para Espinho. Em terra de Rachonas, não podia serde outra maneira.
Não sei, eu hoje não sei mesmo nada de nada, se foi já na era Henriquina, que isso se deu, ou se foi na pré Henrique Ferreira. Também não sei, era o que mais faltava, o tempo que duraram essas pretensões, não sei mesmo se ainda duram, na cabeça de alguns pelo menos. O que sei, é notório, é que não houve separação. Mais, o que era uma aldeia do noroeste santamariano, é hoje uma Vila com dez anos.
Mas, se Espinho não chegou a anexar Nogueira, nas comemorações do decénio de promoção a Vila, os nogueirenses não esqueceram aqueles que quase chegaram a ser a sua família de acolhimento. São, mesmo assim como se fossem da mesma família e em dia de festa, receberam-nos de braços abertos.
Nem parecia que estávamos em Nogueira, aquilo parecia é a Senhora da Ajuda. Lá estava o Mota, presidente da edilidade, mais alguns presidentes de Junta e até a Rosa Albernaz que é deputada por, lá cirandou.
No meio de tanta “vareirada”, o Nosso Alfredo até parecia um penetra. De honra, mas parecia.
(By Xeirinhas)
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