31 maio, 2009

Onde às vezes me insiro – quando não estou em Paris

imaginarius Vim passar uns dias “au Portugalle”.

Devo dizer-vos que estava cheio de saudades, mas a formação em técnico de sondagens que ando a frequentar na “L’ecole de politique française”, em Paris, impediu-me de viajar mais cedo.

- C’est ça!

Mas, em boa hora cá cheguei. Nos quinze dias que por cá vou ficar, poderei colocar em prática algumas das técnicas que tenho aprendido nessa famosa escola de aprendizes de política.

Desde logo porque, fazendo fé no que vamos ouvindo aqui-e-ali, que é como quem diz, nas conversas de café, a temperatura ameaça subir. E existirá local mais apropriado do que um café ou de uma “esplanada de Verão” para “resolver” os assuntos pendentes que afligem a generalidade de alguns (sortudos) eleitores? – Claro que não. Claro que não... sô dôtor, meu filho…

Pois é. As coisas não vão bem. Desde logo porque se fazem muitos sinais por baixo da mesa:

- “Óh pá tu é que podias colar uns cartazes!!!”

- “Tá bem shenhor, mas quero uma contrapartida. Ou me arranjas taxo ou me arranjas tacho!”.

- “Combinado. O interesse é público!”.

- N’est pas?

Mas a Kouza ameaça ainda tornar-se pior. A kouza tende a tornar-se muito orientada e muito direccionada...

A hora é de luta e o Ti Amérco não brinca: o gajo quer dominar tudo. E todos...

Vejam bem que agora até já veio meter o bedelho no estacionamento da Coba…. não ele…mas um mano, um primo ou seja lá o que for , que é a mesma coisa!

- Não sabiam?

- É verdade. A INVESTIF(ADA) é que vai decidir quem e como se estaciona na Coba durante os próximos 20 anos. A Cambra baixou as calcinhas (se é que ainda as usa...) e pumba. Cá vai...

Lá em Paris de França, se isto acontecesse, a Carla nunca mais queria saber do Sarcozzi.

Mas aqui, na terra das febras, sonâmbulos e espertinhos, não vai acontecer nada.

Tudo a coberto do suposto Interesse Público, alguns vão encaixar uns milhões e outros uns tostões.

Ao povo, esse mal que imunda a terra das febras, que pague.

- Voilá!

Qualquer dia, se nos apetecer proceder às nossa humildes necessidades fisiológicas, vamos ter de pedir... Ao Ti Amérco. Para bem do Interesse Público.

Ao povinho, a esse ridículo povinho (onde às vezes me insiro – quando não estou em Paris), continuem a dar-lhe palha. Aos contentores.

Acho muito bem que a Cambra dê ao seu ridículo e pobre povinho (onde às vezes me insiro – quando não estou em Paris), montes de palha, febras e Kultura da treta. Ou melhor, kultura da palha, do carro-de-mão e do porco (isto dava um bom slogan: Santa Maria da Feira: a centralidade da palha, carro-de-mão e do porco).

Temo que o Barbinhas não esteja com mão para a kouza.

Só pode ser isso. Nunca em tão pouco tempo, se desbaratou tanto a imagem como nestes últimos tempos. Tudo a coberto do “inquestionável” interesse público (interesse esse que passa por dias difíceis na nossa terrinha).

Mas isto são basófias de um luso-francês, que às vezes se interessa pela terra onde às vezes se insere. Quando não está em Paris.

Bom soir...

Sem comentários: