O jovem “xuxinha” Patric , bateu com a porta e deixou os jovens xuxinhas, pelo que sei, bastante zangados.
Segundo o nosso jovem, a Juventude “Xuxa” não passa de uma organização para encher autocarros e esta não merece a denominação de organização política.
Apesar de não conhecer o nosso jovem Patric, penso que o que acaba de fazer e principalmente as explicações dadas, demonstra ter ideias bem definidas e amadurecidas.
Aqui está a carta de demissão apresentada ao secretariado da juventude socialista de Santa Maria da Feira:
“Caro Coordenador Concelhio da Juventude Socialista de Santa Maria da Feira,
Quando entrei para a Juventude Socialista procurava um projecto Socialista no qual me identificasse. Mas o projecto Socialista que procurei não foi o mesmo que encontrei. Se se lembram aqueles que estavam presentes quando entrei para a JS disse, nessa altura, que estaria cá até onde a minha consciência o permitisse.
E isso mudou.
Como republicano e socialista, há muito que me tem inquietado o rumo que o Partido Socialista tem tomado. As receitas neoliberais e o populismo emergente são as maiores razões para hoje aqui apresentar o meu pedido de demissão do Secretariado Concelhio da Juventude Socialista de Santa Maria da Feira.
E essa inquietação ideológica, esse mau estar de consciência já não me permitem colaborar nem dar força a um projecto que na essência se afasta daquilo que sempre procurei.
Só há uma razão para a demissão. A consciência. E é a mesma convicção que me fez entrar que agora me faz sair.
Não aceito de forma alguma que o Partido seja dono do meu passado e futuro políticos. Pois nunca deixarei de lutar pela afirmação das políticas de esquerda, das políticas viradas para a resolução dos problemas reais das pessoas.
A Juventude Socialista, por muito que me custe dizê-lo, afinal não passa de uma organização para encher autocarros quando se precisa de gente para bater palmas e distribuição de propaganda. A Juventude Socialista não merece a denominação de organização política, porque a política tem por base o debate e na JS nunca o senti verdadeiramente.”
Patric Nélson Figueiredo
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