13 dezembro, 2009

C. S. Jorge, com muito carinho (VII)


A) O meu “bater” é, e sempre tem sido, neste caso, como noutros, de sentido estritamente político e/ou  partidário. Estou bem comigo, com os meus princípios e, no plano pessoal, não ligo e menos reporto os princípios de quem quer que seja. Quanto a verdades, ainda não debitou nenhuma, mas pode, se as tiver, fazê-las sair. Todas.

Pelo bem e pelo mal, e no campo político, sou conhecido há muitos anos como militante e defensor, não acrítico, claro, dos princípios, dos estatutos e da linha do partido em que me inscrevi em 1974.
B) A lembrança que recebi e que considerarei sempre singela, ignorando em absoluto o seu valor mercantil, não a tive como homenagem, e mesmo sendo reconhecimento por quantidade ou qualidade de trabalho desenvolvido, nunca poderia servir para me empurrar borda fora. Era o que mais faltava! De resto, tinha ocorrido a sucessão e não mais interferi na secção, sem perder, claro, a qualidade de militante e o direito de opinar. Reitero que achei muito estranho ter eu, em tão pouco tempo, passado de dedicado, interessado e competente a inútil, indesejado e mesmo prejudicial à mesma secção. Só na cabeça de quem o disse.
C) Quanto à candidatura em 2001, claro que me opus a que H. Mota, que já tinha sido candidato pelo PSD e elo CDS, escrevesse o PS no seu palmarés. Lembro que em 1989 era o H. Mota Presidente de Junta (executivo tripartido) e eu Presidente da Assembleia, tendo ao tempo havido forte confronto político que levou, inclusivamente, à renúncia dele. E, face à proposta de alguns militantes, apresentei-me como alternativa e submeti-me ao veredicto da Secção que, sem votação, aceitou a minha alternativa. Não seja esquecido que em 2007 fiquei isolado quando foi decidido fazer cair a Junta e, tendo ficado vencido, que não convencido, respeitei totalmente a decisão. Infelizmente tive razão. Mas são os ditames da democracia. O meu resultado em 2001 foi mau e logo na altura o assumi, mas elegeram-se três elementos, exactamente como agora. Logo não foi tão mau assim. Em 2009 também não aceitaria a candidatura do H. Mota pelo PS (acho que o problema nunca se colocaria), mas, mesmo assim e como sempre, mantive com ele um bom relacionamento pessoal, seja durante a campanha, como vai continuando agora. Consigo separar as águas. E há quem não.
D) Eu quis dizer que, com grande ou pequena participação na campanha, e talvez o Xico não esteja bem posicionado para aquilatar, fiz tudo por militância pura e forte vontade de que se vencesse.
E) Mas a pior tonteria ficaria para a “passagem ao lado de uma carreira política”. Terá dito o que disse por pura ignorância e posso dizer que, enquanto militante PS, fui bem mais usado do que usei. Porque não usei ninguém, de facto. Vamos desmontar a tonteria desmedida.
1- Fui candidato a deputado 2 vezes e outra vez recusei a indigitação por imperativos profissionais. De uma vez, se o partido tivesse um resultado como, por ex. o de 2005, elegendo 8 deputados em Aveiro, eu teria ido para o Parlamento. Não é tão reles assim o palmarés. Quantos lutaram para meter lá o nome mesmo a suplente!
2- Nunca fui candidato a vereador, nem nunca meti o pé na frente para tal. Nunca.
3- Fui eleito em 3 ou 4 vezes para a Assembleia Municipal, eleição directa e uma vez fui em segundo lugar na lista. Repito. Fui ELEITO e cumpri os mandatos, excepto o último em que, a meio, pedi a renúncia porque estava a trabalhar a mais de 100 Km. e era-me complicado vir às reuniões e sempre gostei de ou ser por inteiro, ou deixar de ser. Não se diz Assembleia da Câmara, mas sim Municipal. Nesses entretantos integrei por diversas vezes as Comissões Concelhias e Distritais do partido e em todos os locais e mandatos sempre fui bem actuante. Há quem diga que às vezes até demais. Outras situações poderiam ser descritas, mas …há quem saiba.
F) Admiti que tanta tonteria escrita só fosse possível por cansaço. E para o debelar, só o descanso e sem uso de palavras complicadas.
CRESPADICES – Sou militante do PS há 35 anos e, como tal, apoio e defendo os seus dirigentes principais e os seus governos, sem deixar de, potencialmente, criticar esta ou aquela pessoa, esta ou aquela tomada de posição pelo partido, pelo governo ou por algum dirigente. Como assim, só me posso revoltar com o continuado e soez ataque do senhor Crespo ao partido, aos dirigentes e sobretudo ao José Sócrates e ao Governo, agora de forma absolutamente desmesurada, a pretexto do caso “Face Oculta” como o foi a pretexto do “Freeport”. O que dizer de um fulano que, sendo jornalista, faz um apelo escrito e quase patético à oposição para que “cumpra o seu dever” e faça cair este governo. E sente-se a sua braveza cheia de baba sempre que no Jornal que apresenta na TV tem pretexto para se referir a qualquer acto do governo e sobretudo a Sócrates. E aconselha os seus colegas jornalistas a que revelem segredos de justiça, sempre que, com isso, tenham possibilidade de pôr em causo o governo ou algum governante. Ele não revela nada, porque é poltrão. Instiga os outros.
Claro que o Xico não leu o artigo que ele estampou no JN e que originou a minha indignação. E, se porventura o leu, não deve ter apreendido o seu conteúdo. Procure-o e, se já leu, releia e, relendo, se mantiver a crítica que me fez por eu ter invectivado o senhor Crespo, acho que deve meditar e pensar em que partido deverá estar.
Respeito muito a opinião dos outros, mas tenho o direito a ver respeitada a minha, mesmo em relação ao texto que o senhor Crespo colocou no JN e em relação ao seu posicionamento na TV quando envolve gente do PS. Atrevo-me a perguntar ao Xico que diferença topa entre o senhor Crespo e a Manuela Moura Guedes quando está em causa o PS e/ou o Governo.
H- Se houver muito mais para dizer, pois que saia. Se entender que deve acabar com esta polémica, tudo bem. Quem começou é que deve decidir sobre o término.
Sem o “apesar de tudo” e sem nenhuma acrimónia, porque consigo separar as águas, apresento votos sinceros de BOAS FESTAS.
José Pinto da Silva

5 comentários:

Anónimo disse...

Será que haverá novos episódios? O xico finalmente irá contar tudo? E será antes ou depois do Natal? A ver vamos

Anónimo disse...

Não tarda nada vão andar de Faca um à procura do outro.

Anónimo disse...

o Sócrates é um grande santinho e o nosso pintainho também.

José Pinto da Silva disse...

Não é um comentário. Quando muito um acrescento ao "post" e quiçá uma sugestão para quemquer e sobretudo para o Xico Costa. Se não leu, que procure ler, com atenção (eu li várias vezes) o texto que o tal Sr. Crespo vomitou para o Jornal de Notícias de ontem (14/Dez) e diga, depois, se eu fui assim tão inoportuno ao comentar o anterior.
Claro que o homúnculo estava ao espelho, ficou banzado com o que o vidro refectiu e pôs-se a debitar prosa sempre a pensar na imagem de que não gostou.
Digam se não se trata de tipo que é pago à jorna por alguém. Ainda hei-de fazer uma nota sobre este texto.

José Pinto da Silva

Anónimo disse...

Este homem não tem mesmo imenda!

Será de algum gene?!