22 dezembro, 2009

Loja da Rohde poderá acolher centro de emprego


O nosso “Barbinhas” já o tinha dito na última Assembleia Municipal!
A loja de venda de calçado da multinacional Rohde, em Santa Maria da Feira, poderá albergar uma  delegação do centro de emprego. A câmara feirense está a desenvolver esforços nesse sentido.

A 29 de Dezembro, reúne-se com o delegado regional do Norte do Instituto do Emprego e Formação Profissional para abordar o assunto. Paralelamente, foi pedida uma audiência ao secretário de Estado do Emprego, Valter Lemos. A ideia de receber essa estrutura não é de agora, a autarquia chegou mesmo a indicar as desactivadas instalações da cooperativa agrícola da cidade para esse efeito, mas mudou de opinião quando, neste momento, há um local disponível e propriedade do Estado.
“O que nos parece mais razoável é que tendo a Segurança Social um edifício, em que não é preciso pagar aluguer, que essa estrutura seja instalada nesse espaço”, refere o presidente da Câmara da Feira, Alfredo Henriques. Recentemente, o autarca abordou Valter Lemos para a necessidade de dar apoio aos desempregados do concelho. “Disse-lhe que era preciso resolver esta questão, dado o aumento do desemprego no concelho e dada a possibilidade de centenas de pessoas serem despedidas da Rohde”. Segundo os dados do Centro do Emprego e Formação Profissional, Santa Maria da Feira tinha 8.922 desempregados, numa população de cerca de 160 mil habitantes, em Outubro deste ano, o que corresponde a mais de 50 por cento dos inscritos no centro de emprego vizinho de São João da Madeira. “Em tempos, propuseram-nos uma extensão do centro de emprego a funcionar duas vezes por semana e com alguns funcionários, mas precisamos de uma estrutura capaz de dar uma resposta cabal às actuais necessidades”, adianta Alfredo Henriques.
Entretanto, a administração da Rohde pediu ao tribunal mais 45 dias, além dos 20 concedidos na última assembleia de credores, para apresentar um novo plano de recuperação da empresa. O documento apresentado na altura, que não chegou a ser votado, prevê a dispensa de cerca de metade dos 984 trabalhadores, a suspensão temporária do horário de trabalho durante quatro meses e a desvinculação total da casa-mãe alemã. A 20 de Novembro, a maioria dos 984 funcionários votou pela continuidade da firma. Os trabalhadores estão agora com os contratos de trabalho suspensos e esperam pela próxima assembleia, em que deverão ser indicados os nomes dos operários a dispensar na maior empregadora do sector do calçado em Portugal.
Por Sara Dias Oliveira  (in Público)

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