Jornalismo de buraco da fechadura? Não é

…que força é esta amigo que te faz andar de bem com os outros e de mal contigo.

( Sérgio Godinho)

Mas é mesmo, parece que andamos anestesiados, já nada nos tira deste torpor em que vivemos. Ainda há um ou outro que esperneia, mas a generalidade, come e cala.

Estas últimas horas, são exemplares. Em qualquer país, para cá do Burkina Fasso tinha reagido. O que se viu, nada ou quase nada. Temos mais com que nos consumir, é verdade, mas o nosso Primeiro já se está a tornar numa consumição.

As bocas sobre o Crespo, já eram de deixar encrespado qualquer um. Mas não, coscuvilhices e calhandrices já não causam perturbação. São isso mesmo, dizem eles e nós, engolimos e calamos.

Só que agora com as escutas do Face Oculta, não podemos manter as orelhas tapadas. Tapemos a cara mas ouçamos. Isto não é ruído que não se ouça, é mesmo uma explosão a que o nosso primeiríssimo no seu léxico transformou numa banalidade de simples “jornalismo de buraco de fechadura. Não é.

Ele, já nem se preocupa em responder às mensagens. Não, as preocupações vão todas direitinhas aos mensageiros e como se sabe, não hesita em tratar-lhes da saúde. Ele, não convive mal com a crítica, não a suporta pura e simplesmente , como agora se viu. Não olha a meios para a calar e quase todos nós calamos. As palavras do Sérgio Godinho, já de anos, sempre actuais.

Até os partidos, tiveram uma reacção choquinha de todo. Como eu os compreendo, eles estão a ver o que eu já vejo há muito. Melhor, eu não enxergo ninguém, nesta mediocridade partidária instalada, para substituir o Sócrates.

Pior do que isso, e aqui já devíamos todos estar apreensivos era com a promiscuidade existente entre o poder politico e o judicial. Noronhas e Pintos Monteiros já se demitiram dos seus cargos. Eles deviam ser um tira-nódoas, limitam-se, enquanto os deixarem, a oculta-las. Não é isso que se pede.

Resumindo e concluindo. Estes senhores, só deviam ter um destino. O olho da rua.
Porque, pela ruas, da amargura, anda a nossa politica mai-lo os nossos políticos nesta democracia em que vivemos, melhor, sobrevivemos.