Foi grande o esticanço. Se chegaram tarde ou cedo, não importa. Foi quando puderam.
A intromissão, para não lhe chamar invasão, dá-se todos os anos. Melhor dito, deu-se nos últimos três. Habituaram-se não querem outra.
Só que este ano, pelas minhas contas, chegaram tardíssimo. O ano passado, admirei-me por chegarem tão cedo, este ano, com os dias a passarem, Já nem fazia conto delas. Quando chegaram. Será as alterações climáticas a intrometerem-se? Com as suas costas largas, atribuem-se-lhes todas as culpas. Não sei.
Cronologicamente falando foi assim: da vez primeira da sua chegada, a minha memória só registou o ano, 2008. Repetiram a gracinha no ano seguinte e já registei o dia: 7 de Maio. Este ano apareceram a 26 de Maio. Ficaram freguesas.
Constato que para já o GPS funciona lindamente. Chegam ao destino sem perguntar nada a ninguém. Tão pouco a mim, perguntam se podem entrar. É tudo delas. Agora entram e saem a qualquer hora. É um corrupio e também não dão cavaco a ninguém.
A única falha detectada, foi no calendário. Mas como a coisa meteu viagens aéreas, já me interrogo se as cinzas do vulcão islandês de nome esquisito, não lhes atrasaram a viagem.
Conhecendo os cantos à casa, escolheram a garagem como local de pouso. É nas suas acrobacias aéreas sobre os carros, que deixam a marca da sua presença, pintalgando-os de branco com os seus dejectos.
Pronto. Foi grande o esticanço. Se chegaram tarde ou cedo, não importa. Foi quando puderam as minhas andorinhas.
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