05 maio, 2010

“ Se estudar é caro, qual o preço da ignorância?”

imagePor Ricardo Silva
Afirma-se que, as empresas para crescerem e se manterem neste mercado financeiro, tão competitivo, precisam de inovação tecnológica, de modernização e de empregados qualificados. Afirmando-se esta necessidade de qualificação, finalmente, o país aposta em força na Educação e Formação de Adultos, principalmente através do Programa Novas Oportunidades e de um vasto leque de oferta formativas, olhando-se a Aprendizagem ao Longo da Vida como algo indispensável ao indivíduo, à sociedade e à economia.

Esta teoria deixa de ser tão linear e inspiradora quando, se fala no Estatuto de Trabalhador Estudante e na obrigatoriedade das empresas em facultarem, aos seus/suas trabalhadores/as, 35 Horas de Formação Anual pela entidade empregadora. Refere a Legislação (lei nº 7/2009, artigo 131º ponto 2).

Muitos/as leitores/as saberão as dificuldades que sentiram ou irão sentir em assumir, perante a sua entidade patronal, as Novas Oportunidades, ou outras formações (lei nº 7/2009, artigo 89º ao artigo 96º).

Quantas empresas permanecem há anos sem proporcionar, a formação obrigatória, aos seus funcionários/as? O ‘saber mais’ assustará as empresas?

Será uma balança mal equilibrada para a inovação? De um lado temos trabalhadores/as absentistas porque, trabalham menos umas horas, em favor da aprendizagem! Do outro lado temos pessoas em formação a adquirir mais saberes e novos conhecimentos!

Algo se torna certeza: aprender significa sabermos exercer melhor os nossos direitos e deveres! Relembra a CDU!

Nota: O processo de RVCC é também abrangido por este Estatuto.

Ricardo Silva
Estudante da Licenciatura em Engenharia da Protecção Civil
Técnico de Sistemas

2 comentários:

Anónimo disse...

Certamente que não são os cursos das novas oportunidades que vão tornar as pessoas mais cultas. É um escândalo a forma como se atribuem estes "canudos"! A maior parte das vezes, basta frequentar umas aulas. Não será uma lamentável forma de atribuição de competências a quem não as tem?É desta forma que nos estamos a preparar para o futuro?Nem vale a pena falar do ensino para maiores de 23, porque sinceramente é uma desgraça.

Ricardo disse...

Acha o Ensino para Maiores de 23 anos, uma desgraça... Ou estará a falar do acesso ao ensino para maiores de 23 anos? São coisas diferentes, caro amigo...!!!
Achas que os trabalhadores não têm direito a conhecer através da formação obrigatória pela entidade patronal os seus direitos/deveres? Nas novas oportunidades não se atribuem "canudos", caso não saiba! Quem terminou o 12º ano na devida altura e entrou no mundo do trabalho, agora que têm um maior conhecimento acha que não é capaz de frequentar um curso superior? Ou não deve? Vamos ser sinceros e não misturar,as facilidades dadas por alguns CNOS...