“Casa de fantasmas” em Canedo

Não se falava hoje noutra coisa. À noite íamos ter a assembleia dos pneus. E logo à entrada do Centro Social um cartaz chamou-nos a  atenção. “Casa de fantasmas”, era o anúncio de uma peça de teatro a levar à cena no próximo sábado naquele local pela Juventude de Sanguêdo.

Pelo que se tem passado nos últimos tempos por lá, eu sou levado em dizer que aquela casa está assombrada. São tantas as trapalhadas, que eu já acredito em tudo. Até em fantasmas.

Casa cheia. A coisa prometia, muito embora já todos soubessem o resultado final. Até nós aqui o demos. A surpresa ou talvez não foi a subida de Joaquim Moreira a secretário. Foi um regresso. Do PSD parece que foi o único que ganhou alguma coisa, e não escondia a satisfação. O elenco foi na totalidade o que tínhamos anunciado e que Manuel Jesus apresentou à votação da assembleia de freguesia. Outra meia surpresa foi o resultado da mesma. Sete a favor contra 6 "nãos". Como também já tínhamos dito, o acordo dividiu muito os partidos. “Contranatura” alguém lhe chamou.

Empossada a nova junta, logo, e aqui uma surpresa total apareceu, a renúncia de Licínio Loureiro ao mandato. “Discordo totalmente do acordo”, justificou. Uma grande salva de palmas ecoou na sala.A noite era para a discussão de ilegalidades, juntem-lhes mais esta. A assembleia prosseguiu com a mesa incompleta, pois o Licínio Loureiro não foi substituído.

Seguiu-se o ping-pong esperado sobre a factura dos pneus. Coutinho a dizer que foi para a Junta por engano, Paulo pelos Indy a afirmar, que na recauchutagem lhe disseram que não, era mesmo à junta que deveriam ser debitados, conforme ordem expressa do Presidente. Era palavra contra palavra. Do lado socialista a única palavra que se ouviu, era que as autoridades competentes iriam averiguar de que lado estaria a verdade. Verberando sim o” desleixo de quem tinha autorizado a ordem de pagamento” e disse quem: “2 funcionárias e os, secretário, tesoureiro e presidente da Junta “. E sobre pneus mais não disse o presidente da assembleia.

A pergunta que todos , ou quase todos queriam fazer era esta: Face a tantas divergências, como foi possível este acordo PS/PSD? O Dr. Mota Pinho adivinhou-o e respondeu: “Os próximos tês meses vão ser fundamentais para a luta contra o aterro. Não podíamos ir para eleições”. Lodo de imediato e bem audível ouvi: Espera pela demora. As eleições vão chegar primeiro que a lixeira”.

Se vão acabar ou não, os fantasmas, não sei. Sábado ainda os vamos ter por lá.