26 setembro, 2010

'Jackpot' de 28 milhões para dois em Aveiro

Boletins foram registados em Castelo de Paiva e Arrifana, mas nestas terras não se sabe quem são os sortudos. Não é a primeira vez que dois portugueses dividem prémio.

"Já sabe a quem saiu?" A pergunta corre de boca em boca em Castelo de Paiva e em Arrifana (Santa Maria da Feira) desde que se soube que o prémio do Euromilhões - 28,6 milhões de euros - saiu a dois apostadores destas vilas, ambas do distrito de Aveiro. 

Jorge Ribeiro tem 59 anos e é dono do quiosque da Residencial Castelo Douro, em Castelo de Paiva. Aí foi registado um dos primeiros prémios do Euromilhões desta semana - 14,337 milhões de euros para cada vencedor. "Na minha santa terrinha saiu o primeiro prémio do Euromilhões", exclamou o dono do único quiosque de apostas no concelho, que registou cerca de 1600 apostas. Embora não saiba a quem saiu, acredita que seja do concelho: "Há mais de 90% de possibilidades de ser daqui, pois os meus apostadores são essencialmente daqui." 

A notícia surgiu de manhã, pela Santa Casa da Misericórdia. "Ligaram-me a avisar e a pedir para colocar um papel com o anúncio de que o primeiro prémio tinha sido registado nesta agência." Foi o que fez. A partir daí, as pessoas começaram a aparecer, "entusiasmadas com a notícia" e a perguntar pelo vencedor". "Veio muita gente, só o dono ainda não apareceu..." 

Os prémios deste concurso, dados ali semanalmente, rondam os 2000 euros. "As pessoas de cá jogam pouco, e o maior número de apostas que faço é de dois euros", diz Jorge Ribeiro. O palpite é que foi "uma destas pequenas apostas que premiou o cliente". 

Jorge Ribeiro só deseja que o feliz contemplado seja "alguém que precise e que seja cá da terra para que possa fazer algo por Castelo de Paiva", porque as indústrias estão a fechar. "Se construísse aqui alguma coisa, ajudaria com certeza." 

Já no quiosque Habitus, em Arrifana, concelho de Santa Maria da Feira, o cartaz na montra não deixa dúvidas: foi ali registado o outro boletim. "De manhã liguei logo a um amigo a dizer-lhe que ia ter de trabalhar para fazer o cartaz com os números", conta Ricardo Nóvoa, dono do espaço que só há três anos regista os concursos da Santa Casa da Misericórdia. 

Quanto ao vencedor dos 14 milhões, Ricardo não sabe quem seja. "Se a pessoa não contar é muito difícil, pois o prémio é levantado na Santa Casa e nós não sabemos de nada. "Mas o movimento foi muito, entre os que queriam saber quem era o premiado e os que queriam tirar a dúvida e ver se o boletim mágico era o seu.
Enquanto não se conhece o felizardo e quais os seus planos para tanto dinheiro, os sonhos de quem também gostava de ganhar continuam. "Metia o dinheiro no banco e vivia dos rendimentos", garante Ricardo Nódoa, sorrindo para o cartaz na montra com tão milionário anúncio. 

Mas não é a primeira que vez a sorte bate no mesmo dia à porta de portugueses. Em 2008 foram dois os únicos totalistas. Cada um recebeu 21,4 milhões, integrando o grupo de mais de duas dezenas de apostadores que, em Portugal, acertaram na chave milionária. O concurso já rendeu mais de 550 milhões de euros só em primeiros prémios, desde 2004. 

in DN

1 comentário:

Alzira disse...

Ao menos estes dois estão "safos" desta miséria, que os pseudo politicos, implataram em Portugal neste quarto de seculo, em proveito próprio, da direita á esquerda!!.....