Santa Maria da Feira, 27 Setembro 2010 Passou uma semana desde a fundação do Movimento “Contra a Suspensão do Imaginarius 2011”. Neste período o assunto assumiu-se como prioritário em terras feirenses. Não escapou à Assembleia Municipal e é motivo de destaque da imprensa local.
Ao longo desta semana foi elaborado e divulgado o Manifesto que apela à continuação do festival e propõe medidas para o rentabilizar e ajustar à crise. Mais de 1200 pessoas já se juntaram à causa. Mais de 1200 nomes lutam agora pelo futuro do Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira.
As mensagens de apoio multiplicam-se e chegam de todo o país. Ninguém aceita a MORTE DO MAIOR FESTIVAL DE RUA NACIONAL. Ninguém concorda com a SUSPENSÃO DE UM DOS MAIORES FESTIVAIS DE RUA DA EUROPA. E quando se fala em pouco impacto na imprensa e poucas mais-valias para o concelho… o resultado desta semana fala por si. Na próxima quarta-feira durante 30 minutos o Imaginarius será o actor principal do prime-time da estação pública de televisão. Logo a seguir ao Telejornal da RTP1 será emitida uma grande reportagem do projecto Entrado, concebido para o Imaginarius 2010. À semelhança do que já havia acontecido com Texturas, mais uma co-produção Imaginarius/CCTAR/PELE chega a destaque televisivo. Mais uma vez se mostram a força, o valor e a dinâmica do festival.
A resposta da autarquia peca por escassa e segue no sentido da crise. As palavras que nos chegaram não são animadoras… a Drª Cristina Tenreiro fala de decisão não tomada, mas a forma como a questão é já tratada nos jornais parece mais um facto consumado. Além do mais, não compreendemos a aposta no Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua (CCTAR) quando a principal montra para os seus projectos irá desaparecer. NÃO EXISTE QUALQUER AMOSTRA DE COERÊNCIA NO AVANÇO DO CCTAR ATRAVÉS DA SUSPENSÃO DO IMAGINARIUS. Quando nos pedem compreensão… nós exigimos respostas válidas. Quando nos falam na cultura como prioridade… nós exigimos que assim o seja, mas afinal vemos exactamente o contrário. O desinvestimento na cultura é de todo evidente. Santa Maria da Feira está a afogar-se nas memórias da última década e arrisca uma morte cultural por asfixia.
Quando nos falam na suspensão do festival em 2011 para salvaguardar a dignidade e a excelência da marca Imaginarius não estão certamente a compreender o que dizem. Tais palavras não representam, uma vez mais, a COERÊNCIA que se pede ao projecto e às políticas culturais.
MAS NÃO NOS CALAMOS! NÃO VAMOS ADMITIR A SUSPENSÃO DO FESTIVAL! OS FEIRENSES QUEREM O IMAGINARIUS EM 2011 E SEMPRE!
O balanço desta semana é extremamente positivo. VAMOS CONTINUAR A CRESCER. Continua a convidar amigos e divulgar a VERGONHA que este executivo municipal se prepara para consumar. A ideia inicial era e continua a ser de conduzir um processo através do diálogo, mas se assim tiver de ser haverá certamente outras formas mais expressivas de ouvir um sim… haverá certamente formas mais manifestas de se atingir o objectivo… haverá certamente motivos para sair à rua em luta pelas Artes de Rua.
Que a marca Imaginarius não seja vítima de incoerência política. Que a marca Imaginarius não seja vítima da atrapalhação das actuais políticas culturais para o concelho. Que a marca Imaginarius não seja vítima da falta de vontade política para o levar adiante.
Continuamos a acreditar… marcaremos encontro no Imaginarius 2011!
Suspender o Imaginarius!? NÃO, OBRIGADO!
7 comentários:
Se for possível mante-lo sem perder qualidade também estou de acordo. Se queremos o Imaginarius temos que ter uma discussão séria sobre o assunto. Não basta dizer: não pode acabar. Os tempos são outros ainda que muita gente não esteja a perceber.Tratar este assunto com politiquice não nos leva a lado nenhum. Tem naturalmente que ser tratado sob o prisma da politica cultural, mas tendo presente todas as variantes.
Penso que, tendo em conta a situação económica actual, podería ser pensado (atempadamente) colocar os valores do concelho a trabalhar nesse sentido. Serem as associações locais com vocação para as artes de rua, a apresentarem alguns trabalhos, recebendo em contrapartida apenas os gastos da logística. Não invalidando contudo, a possibilidade de contratar um ou outro grupo de fora, desde que com caché apropriado.
Todos falam nisto de suspender o festival e encontro um grande numero de pessoas que apoiam a sua continuidade. Eu sou um grande apoiante de eventos culturais mas penso que neste caso há razões para pensar duas vezes antes da sua realização. Razões essas que são: o imaginárius normalmente traz ao concelho grupos de teatro internacionais que, óbvio, cobram o seu cachet. Em segundo e além do transtorno causado a nível de trânsito no centro da Feira veja-se os gastos no equipamento de som e luz que na maioria dos casos se nao mesmo na totalidade é da responsabilidade da organização.
Sem entrar em politiquices considero que o Imaginárius terá de ser muito bem pensado por quem manda.
sherk... publica os coments todos!!!
O reajuste do modelo do festival à situação económica é indiscutível, mas acredito que seja de todo indiscutível a necessidade de continuidade. A marca e todo o seu valor estão em jogo. A continuidade da criação não estará garantida sem o incentivo mor: a grande montra - o Imaginarius. Não faz sentido apostar na criação quando se retira o grande ponto de divulgação dos projectos. Não faz sentido deitar dinheiro já investido ao lixo. Quanto vale a marca "Santa Maria da Feira Capital Nacional das Artes de Rua"?
Quantos aos constrangimentos, qual o grande evento que não os tem? Isso nunca será motivo para suspender ou reequacionar nada. Deste modo até a Viagem Medieval, a Festa das Fogaceiras e o Festival da Juventude teriam de ser suspensos. Temos ruas cortadas e graves dificuldades quotidianas. Não me parece que esta seja a questão. :)
(Repetindo..) Sobre a suspensão do IMAGINARIUS já muita coisa e tem dito... mas parece-me que ninguém está a querer ver a questão pelo seu ponto fulcral... que é a questão da dinâmica e sinergias em termos de política cultural!
Todos os feirenses sabem quem foi o criador do Festival Internacional de Teatro de Rua... sabem que não foi Alfredo Henriques, não foi a Cãmara Municipal, não foi Amadeu Albergaria e muito menos a actual Vereadora Cristina Tenreiro! O "visionário" (para muitos tido como gastador do erário público) foi Carlos Martins, que com este projecto cultural estava a procurar colocar Santa Maria da Feira no itireráio ds grandes eventos culturais de teatro de rua a nível ibérico e europeu. Na cabeça deste senhor imperava a ideia de que esta "terrinha" podia centralizar toda a dinâmca cultural gerada pela produção de peças de teatro e artes de rua. Ele já idealizava, enquanto Vereador da Cultura, a criação de uma estrutura permanente para o teatro de rua. Uma estrutura que apostasse nos agentes culturaia locais e lhes dese condições para "crescer e desenvolver" na apresentaão de projectos ligados a este tipo de teatro. Lendo as entrvistas que Carlos Martins deu na altura, é fácil perceber que, o IMAGINARIUS, enquanto projecto, nos primeiros dez anos seria para a sua afirmação, depois, a nível de evento, teria de ser reconfigurado. passando por eta transformação a forte possibilidade de vir a ser transformado numa bienal de teatro de rua. Ou seja num projecto que iria ter a sua apresentação pública de dois em dois anos, com programações fortes, onde os agentes locais também teriam a sua importância.
Quando a Câmara anuncia a sua suspensão por razões de ordem financeira, demonstra e confirma aquilo que os feirenses mais atento a estas questões da Cultura, há muito que vêm suspeitando... Não há política cultural em Santa Mariada Feira! Todos os vereadores que sucederam a Carlos Martins no Pelouro da Cultura, nenhum foi capaz de delinear uma estratégia cultural para o desenvolvimento de uma política sustentada que partisse dos eventos para a dinamizção local, visando a sustentabilidade de projectos deste tipo. O que tem vindo a ser feito é... viver à sombra do passado... de eventos e projectos que foram criados por outros, nada trazendo de novo... O Presidente da Câmara, Alfredo Henriques, apenas está preocupado com a situação financeira... não fosse este o seu último mandato! Quanto à visão estratégica, que muitos dizem que este senhor possui, comça-se agora a perceber que tal não passa de um mito! Pois em mais de vinte anos de poder ela nunca se revelou importante, se não o concelho não estaria nas condições carenciadas em que está. Se tivesse visão estratégica, o concelho já teria água e saneamento há muito tempo, o concelho já teria uma casa(centro) condigna de espectáculos, o concelhonunca teria deixado fugir a indústria da cortiça e saberia como capitalizar para Santa Maria da Feira investimentos como o alargamento da EXPONOR... Na Cultura, Alfredo Henriques esteve sempre no grau abaixo de zero.. Só lhe deu alguma importância com Carlos Martins no Pelouro da Cultura... mas por pouco tempo... que este"senhor" estava a incomodar muita gente!
Por isso, meus amigos, a notícia da suspensão, não é assim tão estranha quanto parece... é pena é que não seja reflectida e consonante com uma política cultural concelhia... o concelho está pleno de potencialidade para a levar a efeito. Haja vontade!
mas quem é que precisa de imaginários aqui?????????
temos um governo que imagina um país cor-de-rosa e um povo que imagina que vive bem.
temos alunos que imaginam que não precisam de aprender, pais qie imaginam que não é preciso educar, gente que imagina que não é preciso trabalhar.......
ha ha ha imaginários para quê? até eu imagino que não preciso de aprender português.
Enviar um comentário