01 outubro, 2010

Filho, vais tirar a carta, mas estás proibido de conduzir!

imageVisto bem as kouzas, é mais ou menos isso que se passa nesta bilha muy amorosa e anedótica!

Com a (forte) possibilidade de se suspender o Imaginarius, fico receoso que tal possa suceder no próximo…e próximo e ainda…próximos anos até que passe de realidade a história!

 Não querendo comparar com outros eventos, o Imaginarius é quanto a mim a única marca made in Feira que pode ser mostrada em todos os cantos do mundo! Não percebo nada de arte, não conheço nomes de nenhuma companhia… mas sou fá incondicional deste evento…e por isso mesmo é que critiquei a edição deste ano, porque achei que foi uma amostra grátis do que já assisti noutras edições!

É uma atmosfera diferente onde desejo “surpreendentemente ser surpreendido”… gostamos e aplaudimos, não gostamos e criticamos…. Na arte, eu tenho uma limitação que até pode ser defeito: Gosto ou não gosto!

Também sou da opinião que o Imaginarius não deve transformar-se num Imaginaruzinho…. o que foi, é e terá de continuar a ser um Imaginarius! Não sou a favor que se faça um festival desta dimensão com as associações locais, que por muita vontade que possam ter, não têm a qualidade suficiente para fazer todo este evento!

Futebolisticamente falando é passarmos de uma liga dos campeões para uma Inatel… depois de me darem belos nacos de carne, não me metam no prato um osso!

Agora o que me espanta é que ninguém estranhe que se anuncie que se vai gastar alguns milhões de euros num centro de criação em artes de rua e desinvestir no festival que pode dar a conhecer as criações lá desenvolvidas.


Filho, vais tirar a carta, mas estás proibido de conduzir!

1 comentário:

Bruno Costa disse...

FINALMENTE!!!
Haja alguém que me compreenda!
O cerne da questão... produzir arte e retirar-lhe a montra. Mas afinal de contas quem vai investir tempo a "produzir" artes de rua se depois não poderá mostrar o produto final!

MAIS DO QUE ACABAR OU NÃO COM O IMAGINARIUS (e não concordo com a suspensão) TEMOS UMA QUESTÃO DE POLÍTICA CULTURAL.
DIRIA MESMO DE INCOERÊNCIA DE POLÍTICA CULTURAL. Afinal de contas para que investir no espaço se depois não vai haver criação. E por muito que me digam que vão ceder espaço... sem o rebuçado da "montra" Imaginarius, NINGUÉM terá a chama para a produção que se espera!