27 outubro, 2010

Nervosismo no grupo Amorim!

imageNota do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte
 
A luta dos trabalhadores (as) corticeiros de amanhã por aumento de salários está a gerar grande nervosismo no Grupo Amorim. 

Com efeito, está a ser distribuído nas empresas do grupo, um comunicado assinado pelo próprio Administrador Geral António Amorim, com o intuito de demover os trabalhadores de participarem na Greve e na Concentração marcada para amanhã às 10.00 horas, frente à Associação Patronal da Cortiça, a (APCOR).

São velhos os argumentos utilizados para tentar desmobilizar os trabalhadores: é o papão da crise e das dificuldades; da incerteza face ao futuro; da exaltação de alguns direitos conquistados pela força da luta dos trabalhadores como dádiva de benemérito. 

GNR NÃO SE PODE ASSUMIR COMO PIQUETE ANTI-GREVE! 

Atendendo à experiência do passado, e designadamente do que aconteceu na acção nacional de luta do dia 29 de Setembro, é de admitir que a GNR (sabe-se lá por ordens de quem), procure intimidar os trabalhadores com a sua presença e indirectamente assumir-se como piquete anti-greve. 

O Sindicato dos Corticeiros do Norte alerta desde já as autoridades locais e nacionais que os trabalhadores não se deixarão intimidar por quem quer que seja e que vão exercer de forma clara e firme o direito de exercício de greve. 

O Sindicato intervirá de imediato junto das autoridades competentes, denunciando todos os comportamentos que colidam com o direito à greve, venham eles de onde vierem. 

Santa Maria de Lamas, 27 de Outubro de 2010

1 comentário:

Anónimo disse...

Por acaso acho que os corticeiros têm uma razão de queixa dos salários...
E o que hão de dizer muitas outras pessoas que não têm aumentos há anos e que ganham salários que pouca diferença têm do mínimo? Não acham que os senhores corticeiros têm uma tabela "razoável" para os dias em que correm? É que não conheço nenhum outro ramo fabril onde os funcionários tenham uma tabela com ordenados equivalentes em valores...

Não quero com isto dizer que eles não mereçam ser aumentados ou que sejam revistas as suas condições de trabalho, mas acho esta manifestação muito pouco apropriada tendo em conta o actual cenário das indústrias do concelho e do desemprego que vivemos na zona norte onde haviam muitoas pessoas que se sentiriam muito felizes por terem a oportunidade de trabalhar nos Amorins, Piedade ou outras empresas do ramo onde os ordenados no início dos contratos excedem o ordenado mínimo em média cerca de 100€.

Peço desculpa pelo desabafo, e não, não estou desempregada nem trabalho no ramo. Apenas emito a minha opinião como feirense e leitora deste blog.