25 outubro, 2010

Os vilões de ontem apresentam-se como os salvadores de hoje

imageA catadupa de medidas anti-sociais é apresentada a uma velocidade assombrosa. 

Mas felizmente dirão alguns, temos todos os dias na imprensa os ex. Ministros e ex. Secretários de Estado das finanças a dar sábios palpites para sair-mos da crise. 

Estes sábios economistas, todos ex governantes, têm sempre o receituário certo para tudo. São um verdadeiro prodígio da natureza e da finança. Com eles estamos safos da crise. Se o estado aplicar as medidas preconizadas por eles vamos todos viver no paraíso.

Este grupo de sábios reuniu também com o Presidente da República, com o Primeiro-Ministro e também com Passos Coelho, o tal que diz que vai chumbar o orçamento. Decididamente este grupo de homens providenciais está em todas. 

Segundo eles próprios, ao longo dos anos não se tomaram as medidas adequadas. Se tivesse havido coragem para as aplicar, nada disto acontecia ao nosso querido Portugal, que eles tanto amam. 

Pois, dizemos nós…

Mas não foram estes sábios que governaram Portugal nas últimas décadas? 

Não foram estes, que aplicaram as políticas económicas que enterraram Portugal num beco quase sem saída?
Pensam eles que os portugueses são anjinhos e que acreditam nestes anjos de conversão rápida? 

A falta de pudor é decididamente um dos graves problemas do País. 

A população sabe que os verdadeiros vilões de ontem, são os mesmos de hoje. Mas agora vestem a farda de anjos! 

Durante anos estes sábios, tinham como centro de acção as privatizações. Todos conhecem e sentem na pele as consequências das privatizações. 

Privatizaram a Galp, temos o gasóleo e gasolina das mais caras da Europa. Com a privatização, Américo Amorim passou a ser o mais rico do País. 

Privatizaram a EDP. A EDP teve nos últimos cinco anos, mais de mil milhões de euros de lucro por ano. Temos a electricidade das mais caras da Europa. 

Os portugueses têm uma das cargas fiscais mais elevadas da Europa. Estando também fortemente endividados à banca. As taxas de lucro dos bancos são abismais. No entanto a banca pagou no último ano 5% de IRC. Um pequeno salão de cabeleireiro, tem de pagar 25% de IRC. 

Agora vamos pagar portagens nas Scuts. Uma vez mais os privados vão encher os bolsos graças às parcerias públicas/privadas. Que como sempre têm o interesse público mal defendido nos contratos, ao contrário dos privados que lucram sempre. 

Já agora quem é o grande accionista da Ascendi que tem a concessão da A29? O grupo MOTA-ENGIL, do conhecidíssimo socialista Jorge Coelho. 

A pequena Freguesia da Branca, Concelho de Albergaria-a-Velha é atravessada pela A1, A29 e está previsto a passagem da A32. Num País dito civilizado, certamente que os autores desta proeza teriam problemas… no mínimo. 

Um dia destes ainda nos questiona-mos, se o investimento público levado à prática por estes sábios, assentou na realização da mais-valia dos privados à custa da delapidação do erário público. 

Será que a resposta é difícil? 

Joaquim Dias

9 comentários:

Rothschild disse...

"sair-mos" e "questiona-mos"!!! Até dói.

Não sei se me dói mais os erros ortográficos ou a cassete do conteúdo.
Se até agora tínhamos sempre o "factor" cassete associado ao PCP, agora vamos começar a tê-lo no BE. Já não se pode dizer que são um partido novo, por isso já começam a cair na repetição e entrar naquele papel de virgem ofendida que desempenha muito bem o Sr. Louçã porque nunca foi poder, nunca há-de ser e, como ele próprio já disse, não quer ser. Nas palavras do Coordenador do BE (não se pode chamar Presidente porque isso é coisa de capitalistas que gostam de hierarquias) o BE só quer ser uma espécie de polícia dos Governos daí que não se possa levar muito a sério estes ataques bloquistas. O Partido que tem no seu programa o fim dos benefícios fiscais está agora preocupado com o corte dos benefícios do partido socialista. O BE é tão diferente do Partido Socialista que até apoia o mesmo candidato às presidenciais. Um homem que esteve anos e anos na bancada do PS a aprovar todas estas políticas de que o BE agora se queixa (e só agora, que viu a hipótese de viver no Palácio de Belém, é que se lembrou que podia ser mais de esquerda e assim cativar mais eleitores).
O país está numa encruzilhada complicada devido a estes longos anos de governação socialista mas também me parece muito claro (e este texto ajuda) que à esquerda do PS não vem nada de bom.

XEIRINHAS disse...

Realmente é como diz, sempre os mesmos a debitarem as mesmas coisas. Mas sabe como é, a economia é uma ciência, só que não é como a matemática, exacta. O azar, vosso ou nosso, isso não sei, é que o povo não pende para a vossa ciência, mais exacta no vosso dizer.

José Pinto da Silva disse...

Gostaria muito de saber porque é que quando, a qualquer propósito, se fala da Mota-Engil se diz "do Jorge Coelho". Quando o Jorge Coelho foi contratado pela "Mota" a empresa já era a maior construtora do país e já tinha participações em numerosas empresas de diversos ramos de actividade. É porque ele foi dirigente do PS e membro de governos liderados pelo PS? E então, qual o problema? É seguro que nenhum dos experts do BE serão convidados para lugar cimeiro de nenhuma empresa, porque eles só sabem vender retórica e disso há demasiado excedente no mercado. O Amorim ficou mais rico porque comprou participação na GALP? Porque não entrou no negócio algum dos gurus do BE? Têm sempre a oportunidade de entrar em força na REN, na ANA, na EDP, nos CTT. Força que o mercado vai ser aberto e ficarão ricos. Têm aversão às empresas, ao mercado e ao lucro? Chamam todos os nomes aos empresários, aos grandes e aos assim, assim? Até poderão minimizar os impostos, mas lembram-se de quando era tudo nacionalizado, nosso, os gestores tipo BE e quejandos, contratavam os maiores técnicos de contabilidade criativa para esconder prejuizos? E eram menos corruptos do que os de agora?
Retórica é o que alguns têm para dar ao povo, mas isso é que não enche mesmo.

José Pinto da Silva

Alzira disse...

Sr. Paulo Pinto, não estamos aqui para fazer o exame de Português!
Eu percebi o que o Sr Joaquim Dias queria dizer e de um modo geral tem toda a razão. Eu estou a escrever e é + acento - , desde que se entenda.
Caso contrário, é por exemplo como as escutas é verdade mas não valem porque não se podia estar á escuta.
Eu com 55 anos já sou felizarda por saber ligar o computador.

Zé da Tarada disse...

Aqui, com todo o seu explendor, tivemos o bloco central, bem representado. Tivemos uma senhora, sem vergonha de dizer a idade e a favor do pontapé na gramatica. Viva o analfabetismos e saúde para quem o apoie.

Anónimo disse...

...Já agora convinha vêr o Be arregaçar as mangas...

Alzira disse...

Sei mais com a 4ºclasse de 1965 que qualquer "Zé Tarado" que aqui aparece armado em Professor de Português! Como disse o que interessa é o sentido (só lê quem quer) da escrita. E é verdade que estamos rodeados de corruptos! Estará bem escrito? è que se não estiver já é mentira. BJ

Ana Maria Pereira disse...

Este discurso, que já passou a lugar comum mesmo sendo verdadeiro, já passa despercebido porque ninguém aguenta mais ouvir os Mídia. Até eu já vejo a Sic Radical.
No entanto gostaria de lembrar que só nos governa aqueles que nós lá "votámos".
Na hora da verdade, naquela em que temos Poder a Sério ficamos em casa.
Quem não vota, exercendo o seu legítimo direito de cidadão não tem legitimidade, perdoem a redondância, de lamentar.
Mas concordo que tivemos até hoje uma "quadrilha" a governar o nosso país.
Quanto aos erros ortográficos, é mais um menos um. Há-os por aí muito mais graves.
Escreva sempre Alzira que eu entendo-a lindamente!!!!!

Ana Maria Pereira disse...

Esqueci-me de lembrar que dis 6 de Novembro há Manifestação em Lisboa.
Quantos de nós estarão lá!!!!!!