06 outubro, 2010

quem manda?

por Pinto da Silva 
 
Olhe cá, será que me pode informar – você é dito que está por dentro do caso – se será legal os detentores do estabelecimento IlhaBar, a propósito de não importa o quê, impedirem o atravessamento da ponte de acesso, mesmo a quem não tenha tenção de entrar no espaço Restaurante-Bar? 

- Boa pergunta. Mas a que propósito é que a faz? 

Disseram-me que, em certos dias, eles põem um vigilante – há quem diga um segurança e outros dizem um gorila – ali logo na entrada da ponte e impedem a descida a quem for indumentado, por exemplo, com calções, bermudas ou algo que não sejam calças talares e/ou calçando chinelos. Há dias estava eu a preparar-me para lá ir tomar um copo com dois amigos “estrangeiros” de quem estava à espera e fui prevenido para que não fosse com a indumentária com que estava – fora um dia de um calor tremendo e, mesmo à noite, estava quente - , bermudas e chinelos, porque sofreria embargo. Optei por não ir, porque, se fosse, não obedeceria à barragem e, o segurança ou eu, um de nós, cairia ao rio. Porventura eu, porque não tenho grande jogo de cintura. Mas daria cena pela certa. 

- Por sinal já me puseram a mesma questão e a que não soube responder. O Caderno de Encargos da obra não especificava qual a área cedida, pelo que leva a entender-se que é cedida a área de implantação mais o espaço da beirada, ficando o resto, porque superfície pública, para fruição livre do público. A menos que no contrato que terá sido subscrito pela Câmara e pelo investidor tenha ficado expresso algo diferente. Mas, ao que julgo, a Câmara, só por si, não poderia fazer a cedência. O que dirá o Título de Utilização dos Recursos Hídricos que deveria ter sido passado antes de iniciar a obra, mas foi emitido uma semana antes da inauguração? Terá feito a cedência do resto do espaço da ilha? A lei da Titularidade dos Recursos Hídricos diz ser possível fazerem-se concessões, se requeridas com requerimento fundamentado. Curiosamente, porque o mesmo assunto tinha há bastante tempo sido objecto de conversa com outra pessoa, já escrevi, há duas semanas, à ARH-N, com cópia à CCDR-N, a fazer a pergunta. Não obtive ainda a resposta, mas insistirei até vir a ser informado. 

Se o espaço foi todo concessionado, tudo certo. Eles poderão condicionar acesso mesmo a quem queira tão só descer para atirar migalhas aos peixes ou aos patos. Se não foi, que respeitem a liberdade dos cidadãos, ou que “comprem” a concessão. Modalidade legalmente possível. Só que custa mais algum.

Outra coisa. E quanto ao espelho de água? O lago que ali se formou? Será que alguém me pode impedir de ali fazer navegar o meu barquito a remos? 

- Também questionei a ARH-N sobre esse particular. A Lei da Água diz que alguns espaços podem ser concessionados. O tal Título de Utilização dos Recursos Hídricos incluirá essa concessão? Ou o lago é de fruição pública e livre? Parece-me que a Câmara ou os detentores da exploração do espaço, ou ambos, devem tornar pública a situação quanto ao direito de fruição daqueles espaços. Ou então a autoridade tutelar que emite licenças e autoriza concessões terá que pronunciar-se. 

Haverei de insistir com as autoridades até que me dêem a resposta. 

As questões foram colocadas por cidadão de Caldas de S. Jorge e, não as tendo gravado, garanto que reproduzem mais do que só o sentido. Reproduzem a generalidade dos termos das questões. E deixarei expresso que insistirei até que alguém dê resposta expressa e clara, até para evitar eventuais “escaramuças”. 

Para tornar um pouco mais fácil a análise deste caso, será vantajoso ler a Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos, no seu art. 5º. Alínea c) e d); art. 9º. Nº. 2; arts. 10º. e 11º, art. 21º. Nº. 1, nº. 3, art. 23º., art. 24º., art. 25º. Nº. 2 c), nº. 4, nº. 6 e nº. 7. Dar um salto à lei 166/2008 e 93/90 e seus anexos; à Lei da Água e a toda a parafernália de legislação e regulamentos.

33 comentários:

Anónimo disse...

O meu caro, terá eventualmente alguma razão,mas, fica bem andar apresentável nos lugares públicos, como sair à noite por exemplo.
Está-se a cair num desleixo tal, que estamos a entrar num vale tudo, erroneamente, na minha opinião.
Por isso não se queixe de ter de andar mais apresentável, é uma questão de educação.
Sejamos um bocadinho mais civilizados, e socializemos melhor.

Anónimo disse...

Depois dizem que é a juventude que não tem boas maneiras. Daa.

Anónimo disse...

Olhe cá,as mulheres, no Verão, também vão poder ir ao Ilha Bar em sandálias shorts e tronco nú???
Era só pa saber.

Zé da Tarada disse...

De calções e chinelos de dedo, fui lá mais do que uma vez e ninguém me impediu. Era o que faltava. Mas o Pintinho não pára. Imagine então que os bosses do White Island preparam-se para à boleia do governo, como nas SCUT também para passarmos a ponte ter-mos que pagar portagem.

Anónimo disse...

Ilha é Ilha. Eu acho que deviamos ir vestidos como os nativos da Amazónia.
Ilha Bar, por favor....
põe aquecimento cá fora.....

Anónimo disse...

E que tal o manual de boas maneira da Paula Bobone?????

Anónimo disse...

Ó Shrek, não são os exploradores dos estabelecimentos que ditam as normas do estabelecimento????????

Tristinho disse...

O Ilha Bar,é um bom exemplo para Santa maria Da Feira, Não façam essa perssiguição, eu bem gostava que a minha freguesia aprendesse com esse exemplo, e fizesse dos espaços públicos alguma coisa de jeito. Tascas já há muitas.

Anónimo disse...

Haja decoro. Já vi o Pintassilvo protestar por uma funcionária pública usar um decote mais ousado. Estranho agora não estar de acordo por não deixarem entrar pernas ao léu. Se forem jeitosas, deixam, que eu vi. As suas, imagino, nem em Guimarães passam. O que não lhe passa, é esse seu modo de continuar contra tudo e todos.

Cinquentona revoltada. disse...

Eu não concordo. Pernas peludas e peitos peludos ao léu, calções justinhos pa ver que tipo de macho é...
Carago, já estou farta de ser enganada.

Anónimo disse...

Isso é nas Caldas De São Jorge.
Pinto da Silva, Ilhabar é ilha, mas não é praia.

A ver de fora disse...

Pinto da Silva.
Sabia que também não pode ir vestido de qualquer maneira a um centro comercial?????
nem à igreja????
nem ao cinema?????
Sabia que ha normas para frequentar os espaços públicos?????
A isso, chamamos civilização.

Anónimo disse...

Éeeeee Láaaaa
o homem é bravo!!!!!!!!!!!!
quer tudo à maneira dele, senãoooo.........

Anónimo disse...

Estou a ver...
Temos a capital da cortiça, a capital da fórmula roll, e agora vamos ter a capital do Robin dos Bosques.
E esta eh.

Zé disse...

Ó Pinto, quando eu recebo amigos num bebo, e quando bebo num saio de casa.
Se seguissemos esse exemplo tava tudo fo**do.

Anónimo disse...

Sr. Pinto, inscrevasse nas novas oportunidades.
Lá desenvolvem um tema sobre cidadania e civismo, mas, não me diga que já frequentou e saltou o tema!!!!!

Anónimo disse...

Bem, às vezes eu digo que os jovens de hoje teem muita formação mas pouca educação.
serão só os de hoje??????

Anónimo disse...

Eu conheço um livro de etiquetas e boas maneiras, mais baratinho que o da Paula Bobone.
É etiquetas e boas maneiras de Ana São Gião, ou então: manual de etiqueta para se saber comportar em sociedade da autora VERA D'0REY SANTIAGO TÂNGER que se etitula como peixe na àgua.
Aproveitem.

Jão disse...

Não sei se os comentário são encomendados, ou se realmente não sabem do que falam!
O que está em causa é se podemos ter acesso ou não, livremente à ilha!
Que se saiba, o que foi coleccionado foi o bar e não toda a ilha. Se assim é, não podem impedir sejam quem for, vestido da maneira que seja a entrar num espaço que é público!

Anónimo disse...

Tantos comentários suscitaram-me curiosidade.
Para saberem se podem ter acesso ou não libremente à Ilha, devem informar-se na junta de freguesia, de São joão de ver, mas, numa coisa eu concordo com os demais subscritores,a ilha do bar ou o bar da ilha pouco importa, o que conta é que os espaços públicos devem ser tratados com respeito, e o Pinto da Silva, pelo que diz, foi chamado a atenção antes de sair de casa, que estava em trajes inconvenientes para sair da intimidade do seu lar, bem como, para acompanhar os ditos amigos.
Não bastante, admite a vontade de provocar e armar confusão no caso de ser contrariado.
Se tem dor de cotuvelo ou é alguma vingança, não sei.
Que a ilha está com muito bom aspecto e melhorou significativamente dignificando o espaço, já tive a oportunidade de o constatar.

Pôr Nivea.... disse...

Eu não conheço o bar, não conheço o Sr Pinto da Silva, não conheço as regras nem o local mas eu acho que este senhor tem uma dor qualquer a meio do braço em relação a este bar. Está sempre a falar no mesmo e a discorrer sobre o vazio.
É o chamado chato com dor de coto. Só não sabemos porquê...

Anónimo disse...

"Para saberem se podem ter acesso ou não libremente à Ilha, devem informar-se na junta de freguesia, de São joão de ver" Era só o que mais faltava agora dizerem que o ilha pertence a junta de São João de ver... e mais tanto quanto sei o sr pinto da silva não frequenta o local... isso é um diz que disse que lhe chegou aos ouvidos ... isto não aconteceu com a sua pessoa de certo...

Malapeiro disse...

Bom. De São João de Ver, não é, mas nós por cá nem nos importavamos, ainda que tivessemos que levar com o Pinto da Silva.
A sorte cabe às Caldas de São Jorge,e se aconteceu com o Pinto uma coisa é quaze certo, não deve voltar a acontecer com mais nenhum pintainho.

Anónimo disse...

Ora cá está o que é:
o homem até tem acesso à documentação, mas quer fazer alarido, alguém está a usá-lo para fazer uma birra.
E o "Pinto" se é que não é "Pato" caiu que nem um patinho.

Anónimo disse...

Acho muito bem! UM bar daquela categoria exige um certo estilo! Lá por ter mosquitos e água em redor não abusem!
Há que contratar umas gajas descascadas e dar bom nome ao sitio e cativar mais People entre os 18 e os 48.
E deviam proibir o pessoal da terceira idade nesse bar...

João Paulo disse...

Pensava eu, ser um caso manifesto de dor de cotovelo. Afinal a coisa é mais grave, o problema é de cabeça, mais propriamente da garganta. Tem lá uma espinha atravessada. Dói, dói-lhe muito. Como é uma especimen em vias de extinção. Já não há muitos assim. Os caldeus têm que protegê-lo. É o lince da malcata das Caldas. É deles.

Anónimo disse...

ó pá tem lá calma queu aqui tenho muito mais de 48 e não sou de botar fora.

Anónimo disse...

Oquê num me deixo intrar, tirume na reforma, ómenos deixaime ver de fora.

Anónimo disse...

Eu áqui p'ra mim, o Pintassilva é colonagem do Vitó das Neves da Larosa.
São as novas máquinas-do-contra.
São esses que nos vão tirar da crise, vamos exportar "contrões".

Anónimo disse...

tenham cuidado que no domingo, um cliente que entrou na ilha saiu lá sem queixos, com um banho, e uma fronha nova. até de soqueira o dono do ilha batia.

Anónimo disse...

Esse senhor (com letra muito pequena) está doente.
A coisa já não se resolve com qualquer tratamento.
Aconselho os familiares a internarem o Pintinho.
De facto, os "gorilas" que ele fala são bem necessários para suster o ímpeto raivoso e invejoso desse senhor que só fez mal à terra.
Demita-se uma vez por todas de querer tanto mal a Caldas de S. Jorge.
O senhor é um Ogre.

António

CANUDO CALDELAS disse...

Esta criatura é mesmo masoquista e gaba-se. "Já os pôs todos a falar mal de mim" E dizia isto todo contente numa roda de amigos(?. Fraaca satisfação. Não lhe gabo o gosto. Pena é, que uma mente tão brilhante-assim pensa dela-não lhe dê melhor utilização. Para memória futura, vai deixar pouco rasto. Podia deixar mais. "Sempre de mal com os outros e consigo próprio" é o seu lema de vida. Depois, dá azo aos alarves que por aqui andam a revelar os seus instintos mais preversos.

José Pinto da Silva disse...

Este Canudo de Caldelas, tão anónimo como todos os sem cara nem nome que se insultam imaginando que me insultam a mim, fez-me vir a terreiro só porque escreveu entreaspando, como a citar, que eu disseram onde quer que seja que já o pusera todos a falar de mim. Parvalhão da trampa!!
O que disse escrevendo foi porque fui alertado para a possibilidade de estarem a usar indevidamente um parte de espaço público e haver atitudes de impedimento intermitente de acesso a esse espaço.
De minha parte estou-me decididamente marimbamdo para o controlo, porque, se for por causo da indumentária, não costuma usar calções ou bermudas em nenhuma circunstância.
Agora se é público e é possível ser concessionado, que requeiram a concessão e fica tudo bem. Talvez valha a pena perguntar à Câmara se o que escrevi deixa de fazer sentido.

José Pinto da Silva