Canedo, vai ter o seu “Dia da Barrela”

Enfim, não. Até que enfim, António Bento o nosso, - e aqui paro para pensar, pois não sei se hei-de  escrever, nobel ou novel, tesoureiro da Junta. Estou indeciso e o novo acordo ortográfico não tem nada a ver com a dúvida, é que ao fim e ao cabo, o homem também acabou por ser premiado, o lugar saiu-lhe na rifa, mas é dele. Bem vistas as coisas, podia até seguir com os dois, mas não, a coisa deve continuar só com novel, que vem de novo. Assim é que está bem. E vou escrevinhar sobre um artigo, eu chamo-lhe, “arranjinho promocional” que na última 2ª feira vinha publicado no Correio da Feira e da autoria do conceituado jornalista, Ângelo Pedrosa, sobre o homem da tesouraria canedense.

Estranhei o titulo, do que era também, uma meia entrevista,“Uma Junta para os canedenses”.Mas para quem havia de ser a Junta de Canedo? Mas isto é como a Coca-Cola, primeiro estranha-se e depois entranha-se.

Entretanto, entram as citações do homem que agora, cuida das finanças canedenses, que não se brinca em serviço. “Governar para as pessoas e ouvir os cidadãos, nos diferentes lugares” não sei se sentados ou em pé, “que agora as pessoas sabem que são tratadas de outra forma” E aqui, digo-lhes eu, que sou suspeito, tem toda a razão. É verdade, António Bento foi substituir, Manuel Pinheiro, vítima da “pneumonia” e eu, amigo do Neca, sempre lhe disse. Trata bem as pessoas, fala-lhes com educação, mas quem o conhece sabe como ele é, é assim, um bronco. E agora, “as pessoas estão primeiro”. E quem sou eu para duvidar.

E a promoção continua ao fim de semana, “estamos abertos ao sábado de manhã”. Aqui pensei, vai ter direito a bolinha, como nos filmes picantes. É que, a Junta já esteve aberta nas tardes de sábado, com mais vantagens e fechou. Pensei que ele ia contar a estória do encerramento. Não contou, pode até pode nem saber. Eu é que não conto.E sei.

Mas nada é descurado, até a nossa saúde. “Esta equipa já conseguiu que a USF-Unidade de Saúde Familiar, avance mais depressa”. Aqui também devia agradecer ao Sócrates. A vitesse deve-se à A32 em construção.

Mas os louros não são só para ele, são “cinco os que governamos a Junta”. Aqui, vieram-me à memória, livros da minha infância, da autoria da inglesa Enid Blyton, que se se lembrarem, os títulos começavam sempre por “Os cinco….” nos mais diversos lugares ou nas mais variadas acções. Se fosse viva, com este quinteto, escreveria,“Os cinco contra o lixo” e sabem porquê? O nosso tesoureiro tinha-lhe dado o mote, “estamos a estudar um dia entre Fevereiro e Março, para que todos os canedenses possam limpar a terra que escolheram para viver”.

Isto agora até merece um parágrafo aparte. Vou tentar descodificar a frase. É só para ajudar, que a ideia, é de génio e é uma pena se não vingar. Se não for assim, desculpem. Mas é assim. Num dia, esperemos não ser o de São Nunca, entre os meses já citados, em que os canedenses não tenham nada que fazer e tenham frio, por isso a escolha de Fevereiro ou, Março, vão, os cinco, suponho eu, pô-los a aquecer, e como? Limpando o lixo de Canedo, enquanto não chega a lixeira. O acto cívico já tem nome: DIA DA BARRELA. Baptizei-o eu.

Daqui a três anos, vai ter outro nome, DIA DE ELEIÇÕES. O fim é o mesmo: limpeza.