28 dezembro, 2010

Mafalda Arnauth na Festa das Fogaceiras

Mafalda Arnauth na Festa das Fogaceiras
Mafalda Arnauth é a cabeça de cartaz do programa de animação da Festa das Fogaceiras, a mais emblemática festividade do concelho de Santa Maria da Feira, celebrada a 20 de Janeiro. A fadista sobe ao palco do Cine Teatro António Lamoso a 15 de Janeiro, pelas 21h45, para um tributo às mulheres que mais influenciaram o seu percurso artístico. Os bilhetes estão à venda no Posto de Turismo.

“Fadas” é o novo disco de Mafalda Arnauth, lançado em Portugal em Outubro de 2010. É claramente uma homenagem às mulheres que influenciaram a sua carreira, escolhendo nele cantar algumas dessas vozes, mulheres únicas, que teve o privilégio de conhecer, e outras, que não tendo conhecido, foram cruciais no seu crescimento e evolução enquanto fadista. Amália Rodrigues, Hermínia Silva, Fernanda Baptista, Celeste Rodrigues e Beatriz da Conceição são apenas algumas dessas referências que traz a este registo. E com elas apresenta alguns dos primeiros temas que cantou: “Saudades da Júlia Mendes”, “Tendinha”, “Madragoa”, “Hortelã Mourisca”, “Antigamente”, entre outros. 

Por esse motivo, “Fadas” é também a homenagem às letras e músicas que têm feito do Fado o lugar de expressão máxima da cultura portuguesa. Criar, no Fado, tornou-se um acto de coragem e humildade, e quantas vezes de risco, pois o manancial é de uma riqueza absoluta. E é esse o motivo que leva a artista a assumir o seu primeiro disco de versões, como uma retribuição justa a tudo o que reconhece ter recebido do Fado e da cultura do seu país. 

Lugar ainda para uma letra da sua autoria (“Só corre quem ama”) na música do fado Menor, e um único original de Tiago Torres da Silva e Francis Hime (“E se não for fado”), revelando a “Fada” que há em si e reafirmando que o seu cunho pessoal enquanto fadista e intérprete terá sempre a sua fiel dedicação.
A inesperada e intensa versão de Astor Piazzolla, com letra de Eládia Blasquez (“Invierno Porteño”), completa a sua insistente inspiração no mundo que a rodeia e que nunca esquece, cantando uma das poucas mulheres que ousou escrever para a magistral música de Piazzolla. 

Neste disco, Mafalda Arnauth procura contar a história do seu encontro com as Almas Fadistas (Mulheres e Homens), ou “Fadas” que a transformaram e que encheram de Magia e Gratidão a sua Vida. 

Auto-descoberta através do canto
 
Mafalda Arnauth nasceu em Lisboa a 4 de Outubro de 1974. A sua paixão pela música fez-se sentir desde pequena, sem nunca ter, apesar disso, aspirado a ser artista. Não obstante, o mundo do espectáculo acaba por conquistá-la ainda na faculdade, no 5º ano de Veterinária. Por um mero acaso, Mafalda Arnauth descobre-se subitamente transportada para o mundo dos palcos, dos ensaios e das casas de fado, onde se deixa crescer artisticamente com as palmas, a apreciação do público e a auto-descoberta através do canto. 

Com a frescura característica de uma voz jovem, até então completamente alheia ao mundo do fado, cativou primeiro pela espontaneidade e pelas memórias despertas com as suas reinterpretações de sucessos antigos. Depois, fez crescer a chama até desabrochar em pleno fogo, emprestando ao fado a sua própria natureza, personalidade e composições originais, revelando-se de uma forma mais caracterizada e verdadeira. 

Bilhetes: 10 euros | Informações: 256 370 802

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