Recentemente era notícia que Américo Amorim tinha dado um pequeno extra aos seus trabalhadores. Mas como sempre, quando a esmola é grande o pobre desconfia. Esta velha máxima aplica-se uma vez mais nas empresas do mais rico entre os ricos.
A Empresa “Amorim Revestimentos” avançou com um processo disciplinar para despedimento a 4 dos seus trabalhadores, um dos quais é dirigente sindical. Dois dos trabalhadores a quem foi levantado o processo disciplinar foram já suspensos.
A real motivação para os processos disciplinares assenta na tentativa de desforra por parte da administração da adesão que a Greve Geral teve nesta empresa. Os trabalhadores desta empresa aderiram massivamente à Greve Geral de 24 de Novembro de 2010, dando um enorme exemplo na luta sindical.
Para o BE este processo é apenas e só assente na perseguição sindical e política, nada mais. Esta é uma prática que não é nova nas empresas do Grupo Amorim. O BE relembra o despedimento de um delegado sindical e três activistas na empresa Corksribas. Esse processo disciplinar ainda se encontra nos tribunais.
A atitude por parte desta empresa coloca em causa direitos constitucionais que resultaram das conquistas de Abril. Este é um ataque ao movimento sindical e ao direito que os trabalhadores têm de defender melhores condições de vida.
A situação em questão demonstra o desprezo que Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal, tem sobre os direitos dos trabalhadores. Mas, demonstra também a vitória que foi a Greve Geral e o medo que conseguiu criar no patronato.
O Bloco de Esquerda está solidário com os trabalhadores perseguidos na empresa Amorim Revestimentos e exige que os seus direitos sejam respeitados. Assim, foram já dirigidas perguntas à Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT) no sentido de zelar pelo cumprimento da lei e defender os direitos dos trabalhadores. Ler aqui as perguntas
Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Aveiro
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