Que rica novela esta que envolve o pavilhão gimnodesportivo de Fiães.
Já não bastava o ridículo de querer construir uma infra-estrutura com uma capacidade prevista para 200 pessoas.
Já não bastava aumentar a sua volumetria sem respeitar os trâmites legais que exigia, entre outros, aprovação da Câmara, a devida alteração do projecto e do respectivo caderno de encargos.
Já não bastava esta longa espera para a sua conclusão, agora, no seguimento de uma salsada tremenda, vem a Junta de Freguesia pedir que a Assembleia aprove alegremente a cedência dum espaço, pertencente à bancada do estádio contíguo, à Câmara Municipal para, imagine-se, alegadamente construir o pavilhão gimnodesportivo.
Recordo que o pavilhão, ou pelo menos a obra de pedreiro, está lá há muito tempo. Há tempo demais mesmo. Logo, naturalmente, o que se pergunta é, como pode uma Assembleia de Freguesia ceder algo que foi cedido, informalmente, antes da mesma decidir? Como se sabe, a Junta de Freguesia não dispõe da prerrogativa de ceder os terrenos que dispõe sem aprovação da Assembleia e fê-lo, criando um embaraço tal que, mesmo sendo aprovado posteriormente, está a cometer uma ilegalidade.
E que aconteceria se, porventura, o PSD-local não tivesse sobre subserviência da Câmara e votasse contra?
Certo é que, o Partido Socialista não pactua com ilegalidades. Antes pelo contrário, o Partido Socialista e os seus representantes na Assembleia pugnam por um exercício autárquico transparente e isento de ilegalidades. Temo, por isso, muito sinceramente, que as consequências desta ilegalidade, na eventualidade de uma auditoria ou fiscalização das autoridades competentes à Junta de Freguesia traga alguns dissabores a quem pactuou com esta situação e aprovou tremenda ilegalidade.
Obviamente, o Partido Socialista ciente das implicações de tal acto, votou contra, fazendo uma ressalva, no entanto, sobre a importância desta infra-estrutura para a cidade. E já diz o povo: quem nasce torto, tarde ou nunca endireita.
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