No Sábado passado, em S. Paio de Oleiros, decorreu a Assembleia da Organização dos corticeiros do PCP, com o objectivo de analisar a realidade actual do sector e de reforçar aí a acção e intervenção do Partido.
Saudando todos os participantes, Carlos Gonçalves, membro da Comissão Política do Comité Central, realçou a importância desta Assembleia, sobretudo numa altura em que se regista um sério agravamento da situação económica e social a que as políticas recessivas de sucessivos governos nos conduziram com todas as consequências conhecidas: destruição do tecido produtivo, mais desemprego, injustiça e desigualdade, pobreza e exclusão social. Uma profunda regressão e dependência que estão a pôr em causa o nosso futuro e a própria soberania do país. E que só será possível travar e vencer, como sublinhou o dirigente comunista, com a rejeição do pacto de agressão e submissão, através da unidade e da luta organizada dos trabalhadores e de todas as camadas atingidas por esta política. Daí o apelo e o empenho do PCP para a adesão e mobilização nessa grande jornada de luta – a greve geral do dia 24 de Novembro.
A Assembleia, tendo por base o projecto de resolução anexo, além de proceder a um levantamento mais exaustivo dos problemas laborais e sociais que subsistem no sector corticeiro, apontou igualmente linhas de intervenção e medidas orgânicas destinadas a melhorar a ligação e a implantação do Partido no mesmo.
No encerramento dos trabalhos da Assembleia dos corticeiros do PCP teve lugar a eleição do respectivo organismo de direcção, a que se seguiu um animado magusto / convívio.
Organismo dos corticeiros do PCP
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ASSEMBLEIA DA ORGANIZAÇÃO DOS CORTICEIROS DO PCP
S. Paio de Oleiros – 19 de Novembro de 2011
1.Objectivos e enquadramento da Assembleia
Passados mais de 2 anos sobre a realização da nossa última Assembleia (Março de 2009), constata-se no país um sério agravamento da situação económica e social. Em consequência do pacto de agressão e submissão acordado por PS/ PSD e CDS com a troika, está em marcha um autêntico saque ao bolso dos trabalhadores e pensionistas, bem como um plano de destruição de importantes direitos laborais e sociais.
Pode-se mesmo afirmar que estamos perante a maior ofensiva após o 25 de Abril, visando a descaracterização e subversão total das suas conquistas e do próprio regime democrático.
O sector corticeiro não é excepção a esse agravamento. Bem pelo contrário. Nestes dois anos e meio, encerraram numerosas empresas deste sector, algumas das quais lançando no desemprego muitas centenas de trabalhadores como no caso do grupo Suberus; aumentou a precariedade, a exploração e o ataque aos mais elementares direitos; sucederam-se os atrasos no pagamento de salários e subsídios em diversas unidades industriais (Juvenal, Acácio Coelho, Coelhocork, entre outras); muito pouco se avançou na eliminação da discriminação salarial entre homens e mulheres para trabalho igual que aqui lamentavelmente se mantêm.
Enquanto as pequenas e médias empresas corticeiras se debatem com crescentes dificuldades no acesso ao crédito e com falta de apoios, os grandes grupos do sector tendem a cilindrar tudo e todos e a concentrar nas suas mãos cada vez mais poder e património.
É precisamente contra todo este quadro de exploração e empobrecimento, de injustiças e desigualdades sociais, que o PCP exorta à luta e à resistência dos trabalhadores corticeiros e que terá por certo na greve geral do dia 24 de Novembro uma poderosa expressão.
2. A organização do Partido.
Mas para intensificar a luta e a resposta dos trabalhadores corticeiros a toda esta ofensiva é determinante a melhoria da organização e o reforço do PCP no sector. Por isso apontamos as seguintes medidas e tarefas:
A)- Consolidar e tornar mais regular o funcionamento do organismo dos corticeiros do PCP.
B)- Recrutar novos membros para o Partido entre os trabalhadores corticeiros.
C)- Melhorar a ligação e o acompanhamento dos problemas sociais e laborais do sector, bem como a intervenção e a edição mais frequente de tomadas de posição e comunicados sobre os mesmos.
D)- Alargar a difusão do Avante, tanto através da venda militante ( mais 2 exemplares ) como da sua promoção à porta das empresas.
E)- Aumentar o nível de receitas por via de um maior número de camaradas a pagar quotas e por uma maior participação nas campanhas de fundos.
AVANTE POR UM PCP MAIS FORTE!
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