09 abril, 2012

Gente fina é outra coisa

por Vítor Fontes
Se dúvidas houvesse de que no PS/Feira não existe debate político, falta de cultura democrática e quem ousa discordar é maltratado, o artiguelho, no qual Henrique Ferreira se assume como seu firmante, é por demais elucidativo.
Aos insultos não respondo.
O estilo é o homem, a asneira é livre, o insulto gratuito.
É certamente de criaturas como estas que se costuma dizer “gente fina é outra coisa”.
Tenho perfeita consciência de que a politica é frequentemente uma atividade dura, com uma lógica implacável, conduzindo, por vezes, a confrontações desgastantes, irredutíveis e mesmo injustas.
Mas para aqueles que acreditam sinceramente nos direitos e valores humanos e têm a nortear a sua ação motivações nobres (e não interesses mesquinhos ou meras ambições), a politica não exclui, não pode nem deve excluir, os sentimentos genuínos de apreço, de espontânea simpatia, de respeito, de franca convivência e (porque não dizê-lo) de admiração, que ligam entre si os seres humanos e constituem o melhor da nossa condição de homens.
O facto de divergirmos uns com os outros não deve constituir impedimento à cordialidade, estima reciproca, o apreço sincero e mesmo a amizade.
É que, em boa verdade, as diferenças de opinião livre, e frontalmente assumidas, também contribuem para o fortalecimento da atividade partidária, ao contrário do unanimismo que é símbolo de hipocrisia politica.
Não me canso de dizer que em democracia não há inimigos, mas simples adversários.
A democracia deve fazer-se no confronto, por vezes sem tréguas de ideias, de sistemas e de projetos políticos diferenciados, mas nunca pode nem deve dar lugar à destruição ou ao amesquinhamento dos homens.
Para usar uma expressão feliz do nosso António Sérgio “Guerra ás ideias, paz aos homens”.
Mas também, por isso, a dinâmica politica não outorga a ninguém o estatuto de paladino da idiossincrasia partidária.
Porém, na política como na vida, em tudo, há limites.
Não renuncio nunca à minha liberdade crítica.
Nesta conformidade, procuro e procurarei alertar/acordar o PS/Feira para os grandes desafios que se adivinham, tendo sempre presente que o nosso adversário principal é o PSD.
E tenho também presente que a união dos socialistas passará por uma discussão franca e aberta em torno de um projeto que seja mobilizador e alternativo ao nosso Concelho.

1 comentário:

Anónimo disse...

o que andou o esta personagem a fazer em tantos anos no ps/feira, porque em tantos anos não promoveu ( na sua qualidade de figura de proa)o tal debate político para que o ps/feira e quiçá nacional estivesse onde está (num lamaçal de jogos e intrigas nada democráticas), será porque neste tempo todo só se preocupou em chegar ao seu tacho, aliás só está na política os falhados e os trafulhas