31 maio, 2012

Nota de esclarecimento

imagePor Bettencourt

A propósito do “post” publicado recentemente neste mesmo Blog, sob o título “o camarada que veio do frio”, numa divertida e bem humorada alusão ao clássico de John Le Carré “ O Espião que saiu do frio”, entendo que seria desonesto da minha parte, não vir aqui deixar uma nota de esclarecimento relativamente ao teor do mesmo e mais concretamente às referências que são feitas sobre o meu alegado envolvimento na campanha da Dra Margarida Gariso às eleições concelhias do PS Feira.

O Projeto 5000 é como se sabe (por ter sido amplamente noticiado), o principal emblema desta candidatura às eleições concelhias e nasce de uma reflexão conjunta de militantes socialistas que entenderam por bem dar, desta forma e sob a batuta experiente da candidata Margarida Gariso, uma resposta política firme e determinada a uma outra solução do tipo partidocrático que se perfilava no horizonte, corporizada pela candidatura (única) do Eng. António Cardoso e do seu respetivo séquito de apoiantes. 
 
Ora, como também é por todos sabido, as eleições concelhias do PS Feira tem sido pautadas ciclicamente pelo recurso a sindicatos de voto que provocam naturalmente constrangimentos ao exercício da Democracia, por via do aniquilamento do espaço de debate público que é coisa que, como vem sendo denunciado por muitos militantes, outra coisa não faz senão diluir a verdadeira essência do ideário socialista num emaranhado viscoso de compromissos e acordos de bastidores pouco claros e pouco transparentes que invariavelmente desaguam, (também ciclicamente), na mesma fossa asséptica onde desaguam os votos da nossa continuada tristeza. 
 
Ora, ao introduzir um conjunto de práticas inovadoras que permitem uma maior afirmação democrática dos militantes socialistas consubstanciadas num projeto amplo e aberto que é dirigido não só para todos esses militantes em particular mas para a sociedade em geral, o projeto 5000 assume-se como um desígnio que transcende o âmbito partidário e propõe-se romper decisivamente com a apatia introvertida daquele PS Feira, “quási” moribundo e circunspecto que nos tem habituado a uma oposição frágil e circunstancial, modo geral feita em função da agenda política que o executivo PSD determina, com a exceção ( e honra lhe seja feita ) da aqui candidata Margarida Gariso que só a título de exemplo e para uma melhor compreensão da sua capacidade política, ainda recentemente apresentou em reunião camarária na qualidade de vereadora, um Voto de Protesto contra o anunciado(?) encerramento da Escola de Hotelaria e Turismo da Feira. 
 
Seja como for e porque não pretendo distanciar-me ainda mais desta nota de esclarecimento, convido-vos a acederem à página oficial da candidatura da Dra Margarida Gariso em http://www.facebook.com/projeto5000, onde poderão perceber claramente que o meu “suposto” contributo numa escala de 0 a 100, situar-se-á algures entre o 0 e o 0,5 sobretudo se comparado por exemplo com o contributo dado por todos esses militantes que desde a primeira hora se propuseram acompanhar e integrar a lista de apoiantes da candidata Margarida Gariso, nomeadamente através da apresentação de ideias e propostas objetivas que foram sendo lançadas à discussão em inúmeras reuniões preparatórias e de onde saíram conclusões que permitiram engrossar democraticamente (diga-se) este esteio político de referência a que unanimemente resolveram chamar de projeto 5000. 
 
Assim, e só porque o post já vai longo, (e maçudo) concluo esta intervenção dizendo que não sendo militante, tive o privilégio de poder estar presente e acompanhar esta candidatura na qualidade de “elemento” da tal sociedade civil, sendo a minha “presença” coerente com o discurso da candidata Margarida Gariso onde a possibilidade de participação e intervenção que me facultaram se encontra devidamente sublinhada no seu programa político.
 
E agora sim finalizo, dizendo que se tivesse que fazer um balanço desta experiência política, sublinharia o fato de me ter sido permitido obter entre outras coisas, um maior e mais profundo conhecimento da dinâmica do partido socialista no concelho feirense. E convenhamos, isso é a todos os títulos enriquecedor para quem como eu, se interessa por política.
 
Sem mais,

5 comentários:

Anónimo disse...

Pelo que temos visto e ouvido,creio que para se ser um bom politico,na era do abrilismo,è dar umas boas entrevistas. Realmente diariamente os seus discurssos,as suas intervençoes em debates televisivos são uma constante.Se eles tivessem que trabalhar,não teriam tempo para tal.O Sr pode não valer o carreto,mas se não o é,dá concertesa um grande politico.

XEIRINHAS disse...

Um dia mais tarde ou este senhor ou aquela senhora vão-me aparecer pela frente. Suponho que a candidatura vencedora virá a ser apresentada na altura devida a candidata ao cadeirão camarário. Aí chegados e se for a senhora doutora a encabeçar a lista, o argumento da sua capacidade politica,enorme, como o demonstra o seu voto de protesto contra o encerramento da escola de hotelaria, vai ser preponderante. Entretanto, boa sorte a ambos.

Anónimo disse...

Gostei dessa do voto de protesto. De fato demonstra uma capacidade política enorme...

Anónimo disse...

Espero que não se meta na aventura camarária pois caso o ps ganhasse,havia muita pedra para partir,ia ser muito doloroso nessa fase...

Agora relativamente ao voto,este era óbvio de lucidez,mas gostei mais do voto contra,o outro,que queria fazer obra,até tinha parecer favorável e muitas promessas camarárias...mas não tinha carcanhol...no c* dos outros é sempre muito bom!...
Ai demonstrou grande capacidade também....de evitar problemas á posteriori.

Anónimo disse...

De vez em quando vão surgindo no nosso quotidiano alguns que são os mais «puros», os que receiam ou têm vergonha ou não assumem que ser socialista não é para qualquer um!Vão dando bicadas de ciência política como se tivessem chegado a terra dos parolos. Ó Bettencourt, a gente já te vai conhecendo o...Mais não digo, por enquanto