A Escola Básica de Arrifana esteve nos quatro

«É preciso toda uma aldeia para educar uma criança….» (*)

Hoje, mais do que nunca, educar é um comprometimento não apenas da escola, mas uma atitude que deve nortear as actuações de todo cidadão implicado com a construção de um mundo melhor. A ida à escola é hoje um «fenómeno de massas», e há muito que deixou de promover a personalização de cada indivíduo. Para os docentes da E.B. de Arrifana, a Educação deve estar presente em todo o processo de desenvolvimento do indivíduo como tal, falar de Educação pressupõe, logo de principio, partir de uma perspectiva que não a reduza ao simples exercício escolar, mas antes a reconsidere como uma dimensão da existência humana, em si multifacetada e de uma grande complexidade. Assim, a escola deve ser o motor primordial de desenvolvimento cultural de cada indivíduo, constituindo o espaço privilegiado de transmissão de conhecimentos formais, nunca deixando de ser, paralelamente, um agente de socialização e formação para a cidadania.

Nesse sentido, o desafio colocado em conselho de Eco-escolas de se levar as atividades do clube ao conhecimento da generalidade da população, foi aceite e levado a cabo no último sábado, dia de feira em Arrifana. A um dia da semana, onde os miúdos e graúdos poderiam se assim o desejassem ficar no remanso dos lençóis, responderam com prontidão, comparecendo na escola pouco passava das sete e trinta da manhã. No dia anterior, já as barracas de feirantes haviam sido montadas com a colaboração da junta de freguesia que igualmente cedeu o espaço gratuitamente. Como a escola é rica em clubes onde estão envolvidos os alunos, foi lançado o repto ao Clube-de-artes para fazer parceria nesta realização fora de portas e assim dar a conhecer o seu trabalho, o que foi aceite. 

Foi extraordinária a aceitação com que nos receberam e trataram todos, desde os feirantes habituais à população em geral, que se abeirou do nosso espaço, na procura de saber da razão da nossa estadia no local ou pura e simplesmente para adquirir o produto da nossa atividade enquanto clubes de ocupação de tempos livres. A iniciativa saldou-se num sucesso de vendas e de informação àqueles que desconhecem a Escola enquanto um todo engajado na procura do sucesso dos alunos. Para todos os que colaboraram connosco um muito obrigado, ficando desde já a promessa de que, voltaremos a repetir um dia destes. 

O coordenador do Clube Eco-escolas 

Antero Resende 

(*) Provérbio Africano da região de Nampula