27 maio, 2007

Carta aberta aos alegadamente saudosos do carácter do Dr. Feiteira







De: Joaquim Feiteira Maia

Tem razão Sr. Dr. Eusébio em se mostrar saudoso do falecido e deve ser acompanhado nesse seu sentimento por muitos mozelenses que há muito não têm oportunidade de ver nesta terra outros exemplos de profissionalismo, dedicação e abnegação, bem como a rectidão e rigor de princípios que sempre o caracterizaram. Valores esses cada vez mais esquecidos ou interesseiramente substituídos pelos ditames do orgulho, cegueira de poder ou brilho do vil metal.

Vimos responder à sua carta na qualidade de herdeiros não só de terrenos mas, especialmente, do sangue, do carácter e dos ensinamentos que ele nos deixou.

É devido a estes três últimos bens que nos damos ao trabalho de responder ao artigo que escreveu em que se põe na posição de defensor de uma dama que não se tem mostrado merecedora desse nome.

O Sr. Dr., não só na qualidade de Presidente da Assembleia da Freguesia mas também por obrigação profissional, deveria inteirar-se da veracidade dos factos por si relatados, antes de publicamente vir expor os proprietários como responsáveis pelos actos evidenciados.

Como o Sr. sabe, se há alguém a necessitar do exemplo do ente falecido, são os representantes da Junta de Freguesia de Mozelos que deram ordem de invasão e devassa do terreno por si fotografado, na ausência de qualquer um dos três proprietários, não dando inclusivamente tempo aos topógrafos da Câmara para demarcarem correctamente o terreno que estava a ser devassado. Num mecanismo de projecção que a psicologia explica, acusam-nos de ter cometido ilegalidades para esconder ou fazer esquecer o “crime” cometido em 2002.

Tanto quanto julgo saber não somos os únicos mozelenses em litígio com a Junta de Freguesia por abusos, mais correctamente “crimes” semelhantes, e que essas situações advêm da arrogância, prepotência e abuso do poder de algumas pessoas que a encabeçam.

A resposta já vai longa, por isso é já tempo de, com a frontalidade e rigor que o nosso pai nos ensinou e que nem sempre nos tem trazido benefícios, mas, em contrapartida, nos dá tranquilidade de consciência, queremos informar todos os leitores do seu artigo que o Sr. Dr. mentiu descaradamente aos leitores do “Correio da Feira”, “Terras da Feira” e “Kouzas e Louzas”.

Como cremos que já não estamos em tempos de duelos de morte com espadas ou pistolas, desafiamo-lo, para desagravo do seu nome, a publicar nestes espaços o dito acordo que diz existir com a Junta de Freguesia ou, caso tenha sido enganado, a publicar o nome da pessoa que o convenceu da existência desse documento.

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