Inadmissível já que se trata, como é público e notório, de unidades altamente rentáveis, que apresentam lucros de ano para ano cada vez maiores, à custa de baixos salários, de contínuas discriminações nos vencimentos das operárias corticeiras e atentatórias da sua dignidade, bem como de altos níveis de exploração.
Injustificável pois, tendo em conta todo o seu poder económico, variedade e capacidade de produção, reúne certamente todas as condições para integrar e absorver aqueles mesmos trabalhadores, que agora pretende despedir. Intolerável mesmo se pensarmos que, ainda há poucos dias, inaugurou, com pompa e circunstância, uma nova unidade modelo de reciclagem de produtos de cortiça, na presença de membros do Governo PS.
Tudo indica pois que o Grupo Amorim mais não faz, nesta altura e numa manobra oportunista, do que aproveitar-se do ambiente reinante no sector e no próprio país e assim tentar descartar-se de uma parte significativa da sua força de trabalho. O que não se pode tolerar e terá que merecer a intervenção das entidades fiscalizadoras e dos Ministérios competentes.
O PCP manifesta a sua solidariedade com os trabalhadores do Grupo Amorim e com os corticeiros em geral, em luta pela manutenção dos seus postos de trabalho e cumprimento integral dos seus direitos e tudo fará, na sua esfera de acção, para travar mais um despedimento num concelho e numa região onde o desemprego não pára de aumentar.
Stª Mª da Feira, 3 de Fevereiro de 2009
Comissão Concelhia de Stª Mª da Feira do PCP
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