04 fevereiro, 2009

O nosso Tio @Morim

amorim

Queria vir aqui fazer uma espécie de defesa da honra do meu estimadíssimo “tio Morim”! Não é por ele ser o mais rico do país que o trato por tio, pois possuo um desinteresse natural por kouzas materiais, mas se for vontade dele, rico como é, até por dEUS o trato.

E venho até vós para lamentar as criticas que lhe fazem neste caso dos despedimentos. Vocês, gente da plebe, não fazem ideia o trabalho que dá....não dar trabalho. O imenso sacrifício em pagar todos os direitos aos agora despedidos. E os outros pagam os direitos? Claro que não.... Porque o estado não lhes dá nada! Enfim, sabemos todos que quem paga os direitos aos trabalhadores somos todos nós, pagadores de impostos. Devemos por isso sentirmo-nos satisfeitos por vermos o meu tio a aplicar bem o nosso dinheiro. Já o fez com a Galp. Não sentem um pouquinho de orgulho em saber que um pouquinho da Galp é nossa também? Com a simplicidade natural que o meu tio possui, ele sabe e não se incomoda que todos nós nos sintamos um pouquinho “dos mais ricos do pais”!

Andava a procurar, para melhor vos explicar, mas o blog nosso vizinho “feira das comendas” facilitou-me o trabalho e mostra algumas resoluções do governo em nosso favor. Nosso, porque está a dar o que é nosso à pessoas em quem mais podemos confiar.....ora, ele se é o mais rico de pais, logo, será provavelmente o que menos nos vai “roubar”! Pois está claro, que confiar em alguém....nem nos Bancos!

No Portal do Governo em Comunicado do Conselho de Ministros de 4 de Janeiro de 2007 podemos ler o seguinte:

3. Resolução do Conselho de Ministros que aprova as minutas do Contrato de Investimento e respectivos Anexos, a celebrar entre o Estado Português, a Corticeira Amorim, SGPS, S. A., e a Corticeira Amorim, Indústria, S. A., que tem por objecto a modernização das duas unidades fabris desta última sociedade em Mozelos, Santa Maria da Feira

Este projecto de investimento, destinado à modernização das duas unidades fabris da Corticeira Amorim, Indústria, S. A., em Mozelos, Santa Maria da Feira, e insere-se numa estratégia global levada a cabo por outras empresas do Grupo Amorim, na área de negócios de cortiça.

Para além da aposta na divulgação e promoção dos produtos, o projecto compreende um forte investimento no desenvolvimento de novas aplicações na área dos produtos intermédios e visa fornecer produtos para grandes projectos de construção, indústria de moda e gifts e conjuntos de decoração.

O investimento em causa ascende a cerca de 8 milhões de euros, prevendo-se a criação de 17 postos de trabalho e sua manutenção, bem como a manutenção de 390 já existentes. Está, ainda, previsto o alcance de um valor de vendas de 57,1 milhões de euros e de um valor acrescentado de 16,9 milhões de euros em 2013, ano do termo da vigência do contrato.

4. Resolução do Conselho de Ministros que aprova as minutas do Contrato de Investimento e respectivos Anexos, a celebrar entre o Estado Português, a Corticeira Amorim, SGPS, S. A., a Amorim & Irmãos, SGPS, S. A., e a Amorim & Irmãos, S. A., que tem por objecto a expansão e modernização da unidade industrial desta última sociedade, localizada em Santa Maria da Feira

Este projecto de investimento destina-se à expansão e modernização da unidade fabril da Amorim & Irmãos, S.A., em Santa Maria da Feira, envolvendo o aumento da capacidade de produção, modernização dos equipamentos e diversas melhorias ao nível do processo produtivo.

O projecto permitirá à Amorim & Irmãos, S.A, aumentar a oferta de novos produtos, conquistar a liderança nas rolhas técnicas, assim como potenciar um aumento substancial da sua capacidade produtiva e das exportações.

O investimento em causa supera os 17,7 milhões de euros, prevendo-se a criação de 30 postos de trabalho e a manutenção dos actuais 1293. Está, ainda, previsto o alcance de um valor acrescentado acumulado de cerca de 277,6 milhões de euros no final de 2012, ano do termo da vigência do contrato.

Ainda queria dar-vos dois pequenos exemplos da enormíssima nobreza do meu ...nosso, Tio Morim:

Um dos exemplos que apontam para a necessidade de ter de sair pessoal da Fábrica do Tio, é o terminar de vendas de uma espécie de quadros de cortiça (algo do género) com a famosa empresa Ikea.... e é verdade! Onde está a nobreza do tio? Ora, para quem não sabe (que eu sei) agora quem vende para a Ikea é um senhor lá para os lados da barrinha de Esmoriz.... mas que vem comprar o material ao nosso Tio Morim! Conclusão: Ganhava um com o negócio e agora passam a ganhar dois! É assim a repartição de riqueza do Tio. Tem bom coração.

Num outro exemplo, o Tio mostra que até ama quem não o ama! O tio tem “bué...bué” de fábricas espalhadas pelo mundo e arredores. Mas, por acaso também tem uma numa terrinha ao lado de Mozelos que faz “concorrência” a fabricas dele mesmo! É do tio, mas mantém o nome antigo da firma.... pois, há clientes que não gostam do Tio e não querem comprar mesmo nada ao tio. Para o “chatear” vão comprar a essa empresa. Fica o cliente satisfeito, porque não compra ao Tio.... e fica o Tio contente, porque vende ao cliente, convencendo-o que o estar a ajudar na sua cruzada “Anti-Tio-Morim”!

Agora pergunto-vos: Ainda continuam com essa ideia errada do Meu Tio?

Por fim.... gostaria de perguntar ao nosso ilustre candidato à Cambra pelos xuxinhas, Dom Alcaide Azeiteiro se continua disponível em fazer espécie de peditórios nas Assembleias Municipais, para isentar o Tio Morim de taxas e assim possibilitar a criação de mais 6 postos de trabalho e despedir...600?

Não responda agora.... faça o seguinte: numa das próximas vezes em que lhe vai pedir uma audiência para o Tio dar-lhe umas dicas, dê-lhe pessoalmente a resposta. Vai ver que esse agrado fará com que o meu, o nosso Tio ainda fique mais feliz.

Cumprimentos!

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