Nota Prévia: Esta história é ficcionada, pois a minha avó, que tem 96 anos e faria 97 no mês que vem se fosse viva, quando me contou, pensou que ainda estava viva!
Poucos sabem, mas eu sei, a riqueza da família Morim iniciou-se há muitos e muitos anos, com o senhor tio do meu tio, Riquito Morim de lhamas...também no árduo trabalho da rolha. E se não foi, passa a ser.
Pois há muitos e muitos anos, ele via as famílias pobres a comprarem garrafas de vinho para uma semana....e bebiam-nas num só dia! E porquê? Porque se não fosse bebido...azedava. É aí que surge a Rolha como método contraceptivo da bebedeira!
Sendo que há muito e muito tempo, lhamas era terra do bom vinho, havia um outro grande homem que era importante e passou a ser muito mais, após a morte do tio do meu tio. Falo-vos desse grande senhor das terras “Binhateiras de Lhamas”, o Dr. Bideira!
Com os poderes e riquezas conquistadas, onde também consta essa grande “Adega do Pobo”, liderado também por um empregado do Dr. Bideira, o doutor funda há muitos e muitos anos uma espécie cooperativa “ensinativa “, para ensinar o a e i o u aos meninos pobres, filhos dos que andavam na vindima. Aproveitou parte da adega cooperativa, e iniciou ali o que seria um caso de sucesso na kouza “ensinativa”! E não pensem que os senhores e senhoras letradas que ali ensinavam eram assim de qualquer espécie! Tinham de ter currículo!
Lembro de uma menina letrada, que de letras nada, mas de rabiscos ainda entendia.... bem que tentou anos a fio entrar para o restrito grupo dos “ensinadores”, mas o seu currículo era insuficiente. A insuficiência apenas foi superada quando um menino do reino se encantou pelos seus cabelos e formaram família. Com tal encanto, veio a vaga desejada para passar a ser uma letrada da gatafunhada!
Sempre de educação rígida, esta espécie de cooperativa “ensinativa das terras “binhateiras de Lhamas”, teve nesse tempo...há muitos e muitos anos, um estranho caso de intolerância sexual!
Para ser justo, devo referir que nessa altura não havia um Xico da Louça a falar de sexo entre coelhos, e muito menos sabíamos que Salazar tinha tido relações sexuais!
Como dizia.... há muitos e muitos anos, numa semana dedicada à moral e ética, havia lá na espécie de cooperativa “ensinativa das terras “binhateiras de Lhamas”, algo relacionado com a Sexualidade!
Estavam então todos os meninos e meninas na sala de projecção de filmes a ver um filmito condizente com a sexualidade, e pasme-se, no instante em que entra o Dr. Binheira e vê na tela um jovem e uma jovem nus! Nus, era sem roupa!
Foi um choque para o senhor doutor! Um casal sem roupinha? Mas para terem sexo, há necessidade de tirar alguma peça de roupa? Terá pensado o senhor Doutor, que sempre acreditara que os meninos e meninas vinham à boleia da cegonha!
Mandou então o senhor Doutor, parar de imediato a projecção.....e suspendeu imediatamente o professor!
O que o senhor Doutor não sabia, era que os meninos e meninas que ali estavam, sabiam que para se fazer, de uma forma natural, uma menina ou menino, é necessário que o coisinha do homem seja abraçado calorosamente pela coisinha da menina. Após abraço longo e prolongado, o coisinho do homem deverá botar assim uma espécie de suor que a coisinha da menina, enxuga com a toalha da sua coisinha..... que após meses de fermentação e de inchaço ventral, faz expelir uma outra coisinha que normalmente berra e a que chamamos menino ou menina!
Dando eu esta lição de sexualidade típica para abelhinhas recém-nascidas, vamos voltar ao tema!
Dizem os antigos que na época essa suspensão do professor, só não foi considerada (que foi) uma atitude do antigo regime, porque o antigo regime nessa altura ainda seria kouza do futuro. Terá levado inclusive e sua “rebenta” mais madura a impor o fim da suspensão ou seria a sua demissão a próxima kouza desagradável naquela espécie de cooperativa “ensinativa das terras “binhateiras de Lhamas”.
Sem haver relatos da altura, também se suspeita que outros senhores letrados e alguns meninos e meninas, ensaiavam já algo revolucionário para a época: Greve!
O Dr. Bideira, homem sem ideias fixas, mas nada dado a kouzas rotativas, acedeu aos impulsos recebidos, e numa verdadeira demonstração de homem de vistas futuras, mandou chamar o até então professor suspenso para dialogarem.
Foi uma conversa muito franca e honesta, onde de um lado o Dr. Bideira falava.... com a champanhe, ás vezes espumava, e do outro lado, de forma corajosa....com olhos sempre no chão, o professor ouvia!
Muito dignamente, o professor pediu Perdão ao senhor Doutor e este aceitou reconduzi-lo naquela espécie de cooperativa “ensinativa das terras “binhateiras de Lhamas”.
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