07 abril, 2009

O Padre

Lembram-se do padre da minha Terra?! O que “por defeito” está colocado em Mozelos, mas que apenas passa aqui alguns momentos nos intervalos que arranja lá no “Sorvedouro-do-monte”!

Exacto, falo-vos dessa espécime rara de padre que está em vias de extinção…mas infelizmente teima embern resistir aos meus desejos…de o ver a milhas!

Claro, que estas simples palavras, vão indignar algumas pessoas que todo o “santo fim-de-semana” lhe dão motivos para continuar por aqui. Até sei que pelo menos um “católico” de treta, irá pela milésima vez lamentar-se à sua mamã pela heresia que estou a cometer. Mas é assim a vida…uns continuam a preferir ser catequizados pelo padre e continuarem a fazer dinheiro, mesmo esquecendo de quem o dá a ganhar….mas são assim os católicos de “bate no peito aos fins-de-semana”!

Por norma, a “Missa de Ramos” para os pequenos de Mozelos deveria ser realizada ao Domingo, mas aqui é ao sábado, porque outros valores, mesmo que monetários, estão em primeiro lugar…noutro local. Este fim-de-semana que passou, foi mais uma vez assim! O padre aproveita, e faz uma espécie de dois em um….pega na missa de sábado, e espeta lá para o meio a missa de ramos. Para dar mais ênfase à kousa, consegue arranjar um funeral ao mesmo tempo com urna aberta. Até pensei que fosse mais uma criação de um tal de “Bezerrinha”!

Ter todo um dia para poder fazer um funeral e aproveitar a táctica de “dois em um” e passar para um “Três em um”, é no mínimo de mau gosto e mórbido perante as crianças. É estar-se a marimbar para a freguesia e para quem ainda tem pachorra para aturar os seus sermões reaccionários cheios de kouza nenhuma, para “pobo” ouvir!

O facto criou algum (muito) mau estar e levou alguns pais a recusarem-se a ali permanecer, indo embora com os filhos!

Bem sei que o nosso estimado padre não iria fazer assim um funeral a horas diferentes de uma missa…e em especial de uma missa de Ramos, principalmente quando não estão em causa falecidos que mesmo depois de mortos ainda podem ser benfeitores para a Kouza! E ainda para mais, quando ele de certeza tinha que regar a horta das nabiças lá do “Sorvedouro-do-monte”

“olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”…alguém disse isso! Não foi o senhor padre, mas que ele apanhou o jeitinho todo, lá isso apanhou!

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