O tema, o caso Freeport, tem andado arredado aqui do blogue, muito embora as despesas do caso tenham sido assumidas há muito pela MMG na TVI, por ela , não morre.
Era a morte, pelo arquivamento, que o procurador Lopes da Mota pretendia encerrar o caso. Pressão para uns, conversa de café para outros. Não foi o velho ditado popular - em casa de ferreiro, espeto de pau, que vingou. Entre tantos magistrados, nem sequer houve corporativismos. Chamado a analisar os indícios o procurador Santos Silva não teve dúvidas da existência de pressão sobre os 2 magistrados titulares do processo e sentenciou: abra-se um processo, que pensa-se irá ser de acusação.
Não era, pelos vistos, conselhos para que acelerassem. Isso até eu diria se me pedissem opinião. Mais, o homem do Eurojust lhes deve ter soprado aos ouvidos. O quê? A seu tempo saberemos. Mas já se fala, que caso prosseguissem com o processo e o PS por isso viesse a perder a maioria absoluta, haveria represálias, chamando-lhes a tenção para as indemnizações que teriam de pagar, tendo em conta a nova lei de responsabilidade civil. Isto veio escarrapachado no jornal Público de hoje.
Que houve pressões, parece-me que não há dúvidas, se a encomenda partiu ou não de Sócrates ou do Ministro da Justiça o que se tem de apurar. Pode também tratar-se de um caso em que se quis ser mais papista que o Papa. Pode e este homem, o Mota já mostrou ser homem para tudo em casos passados, como o da Fatinha de Felgueiras, nada se provou mas ficaram muitas zonas obscuras.
Estamos perante uma questão de grande gravidade para a Justiça portuguesa. Até pelos nomes envolvidos. Exige-se esclarecimentos e rápidos.
Como rápida deveria ser a sua demissão do cargo que ocupa. Mas aí, alto lá, estamos não se esqueçam em Portugal.
Agora, os sócretinos (é ironia) não vão faltar com os seus argumentos a favor. Têm argumentos para tudo. Para eles, é uma treta, isso de se dizer que contra factos não há argumentos.
(By Xeirinhas)
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