Arrifana, essa belíssima terra que ainda há bem pouco tempo foi palco das comemorações do bicentenário das revoluções francesas, pode em breve “comemorar mais uma espécie de revolução! Como sabem, esta terra, é conhecida pelas suas “revoluções” e devido a isso mesmo, estará preparada para defender o seu território…quer de franceses ou de outra raça qualquer, incluindo os “homo sapiens iteligentus para caragu”! Essa raça, que se pensava extinta pelas tropas de Manhouce, parece que está novamente em campo, substituindo a roupagem educacional pela roupagem do transporte férreo!
Como sempre, pois essa raça sempre traça e concretiza as kouzas na altivez da sua ignorância de gabinete, resolveu que uma passagem de nível teria de ser encerrada, porque seguindo estudos cientificamente inexistentes… obrigam a tal kouza.
Mais uma vez (quantas vezes mais?) o senhor presidente da Junta, “Dar_ito ao Mato”….não sabe de nada! (o que posso atestar, pois o senhor presidente realmente é como o filósofo “só sabe que nada sabe….)! O senhor presidente diz que desconhecia o negócio entre a Cambra e a Refer!
O nosso estimado “barbinhas”, que pouca importância dá à kouza, pois não dá assim muitos votos, diz que tudo foi negociado entre a Junta de Freguesia, Câmara e Refer durante alguns anos!!!
Voltando então à revolução…. será que mais uma vez os arrifanenses poderão estar a preparar assim como mais uma revolução “manifestadora” da sua indignação? Fonte mais ou menos mal informada, após limpar os canhões, disse-me “Não….não posso dizer!” Por isso lanço daqui da minha masmorra um alerta ao Castelo da Bilha para que tenham cuidado… pode haver mais um “assalto ao castelo”, e ainda para mais que nesta altura eleitoral, não dá jeito nenhum!
Também averiguei junto ao senhor presidente da Junta, “Dar_ito ao Mato” se tem alguma kouza a dizer, ao que ele ficou de me dizer….quando souber o meu contacto…ele ainda há de saber alguma coisa, nem que seja o seu nome completo.
Entretanto parece que circulou um baixo assinado, que terá sido já entregue às entidades competentes, que transcrevo na íntegra de seguida…. Fiquem a ler, enquanto vou preparar o meu “camuflado” e mais umas coisinhas, pois se a “revolução rebentar”, tenho que estar preparado!
Segue-se o abaixo assinado
“ Exmo. Senhores
Presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira
Director do Instituto de Estradas de Portugal (IEP)
Presidente da Administração da Rede Ferroviária Nacional (REFER)
c/conhecimento ao Provedor de Justiça, Grupos Parlamentares e demais órgãos de soberania.
A população, os moradores e demais utilizadores da Passagem de Nível (PN), situada ao no KM 22,365, da Linha do Vouga ( Espinho-Sernada), sita na Rua das Laceiras, freguesia de Arrifana, concelho de Santa Maria da Feira, vem por meio deste abaixo assinado, contestar e levar ao vosso conhecimento as diversas ILEGALIDADES do pretenso encerramento dessa Passagem de Nível, com base nos seguintes motivos:
1º - Esta PN não se enquadra nas condições previstas no Art.º 2º do Decreto-Lei 568/99, porque:
Não registou qualquer acidente nos últimos 5 (cinco) anos, tendo ali apenas ocorrido dois acidentes com ligeiros danos materiais, nos últimos 30 (trinta) anos.
Esta PN não se situa em troço ferroviários onde se possam estabelecer circulações ferroviárias a velocidades superiores a 140Km/hora.
Não possui momento de circulação superior a 24000, tal como define o Regulamento de Passagem de Nível (RPN) no seu Art.º 7º.
Não se situa em via rodoviária com tráfego médio diário (TMDr) superior a 2000.
Não atravessa mais de 2 (duas) vias férreas ( Apenas atravessa uma).
Não é considerada de particular perigosidade, quer pelas características da via férrea, quer pela via rodoviária , ou pelo tipo de tráfego rodoviário ou de peões que a atravessam.
2º O regulamento de Passagens de Nível (RPN) anexo ao referido Decreto – Lei, no seu artigo 7º, prevê que existindo ou sendo viável o estabelecimento de caminhos de ligação, as passagens de nível públicas, situadas até 700m de outras PN, ou de Passagens Desniveladas, devem ser suprimidas.
Esta situação não se verifica na situação que apresentamos e desde já convidamos V. E.xas, que porventura nem conhecem o local, a se certificarem in loco da sua veracidade, pois de imediato verificarão que do lado Nascente da Passagem Nível em causa, os moradores, utilizadores e proprietários dos bens imóveis do lado Poente da via férrea referida, têm que percorrer 900m até à passagem de nível mais próxima, que é a do Serrado e depois percorrerem mais de 600m por um caminho construído paralelamente à via férrea, até chegarem novamente ao outro lado da Passagem de Nível que agora se pretende encerrar. Logo é necessário efectuar um percurso superior a 1500m, o que é inadmissível.
Perante os dados apresentados, entre muitos outros que poderíamos enumerar, é nosso dever denunciar esta situação de injustiça e ilegalidade que superiormente, e ignorando a realidade, nos querem impor.
Porque julgamos que as ilegalidades apresentadas, são mais que suficientes para o seu não encerramento, esclarecemos ainda o seguinte:
- Os moradores do lado Poente desta Passagem de Nível não têm saída para o lado Norte (inclusive para eventual saída de emergência – Hospital de São Sebastião em Santa Maria da Feira), tendo que percorrer mais 1500m à ida e igual distância na volta (600m pelo lado poente e 900m pelo lado Nascente), sempre que se tenham de deslocar para esse lado.
- Neste troço, e em particular na vila de Arrifana, já foram suprimidas 7 (sete) passagens de nível ( não contando com esta), sem que tenha sido construída 1 (uma) única alternativa desnivelada.
- Situando-se esta PN numa recta, com boas condições de visibilidade e pelos motivos expostos, e porque também somos a favor que se melhorem as condições de segurança, mas sem que se tenha de prejudicar acentuadamente os cidadãos, sugerimos pois porque julgamos que é suficiente, a instalação de sinalização luminosa/sonora adequada de aproximação das circulações ferroviárias, ou que sejam colocadas Barreiras Automáticas, ou melhor ainda a construção de uma passagem de nível desnivelada, para a qual estamos dispostos a colaborar na obtenção de uma solução nas proximidades.
Porque somos cidadãos responsáveis, mas que também exigiremos responsabilidades, além de cientes dos nossos deveres e direitos, só podemos esperar que finalmente de forma responsável e séria os receptores desta missiva, a olhem com a atenção que a mesma merece, evitando dessa forma que sejam tomadas medidas radicais, nos subscrevemos”
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