06 março, 2010

Associação Ambientalista e Cultural Amigos do Uíma

Amigos do Uíma não aceitam soluções encontradas/fabricadas
A Associação Ambientalista e Cultural Amigos do Uíma não aceita as localizações propostas pelo estudo da Suldouro para o aterro sanitário de Feira/Gaia.

Os Amigos do Uíma estão frontalmente contra a localização em Pigeiros / Caldas de S. Jorge.
Em primeiro lugar porque o referido aterro ficaria a mil e poucos metros das Termas de Caldas de S. Jorge, ex-líbris do concelho e região. Se o discurso é de apoio as termas, ao seu crescimento em qualidade e número de utentes, a prática é precisamente o contrário. Com este aterro por perto, o futuro das termas está comprometido. Se querem fechar as termas, assumam-no de uma vez por todas. Este seria, de resto, um argumento mais do que suficiente para que esta opção de localização fosse imediatamente eliminada.
Toda esta zona, em Pigeiros e Caldas de S. Jorge já foi esplendorosa e cheia de vida. De facto, esta zona é varias vezes apontada como ideal para, depois de requalificada, ser um parque de apoio às termas. Temos de nos lembrar que as Termas não têm espaços verdes (nem outros) de apoio.
Para além disso, a freguesia de Pigeiros já foi castigada com o PERM, vulgo Parque das Sucatas, equipamento nefasto para esta zona. Mas se este equipamento é nada aceitável neste local, juntar-lhe o aterro sanitário é perfeitamente inadmissível.
O último argumento que avançamos (e ficam muitos por explanar) é a proximidade de uma linha de água: o rio Uíma. O próprio estudo encomendado pela Câmara da Feira exige que as linhas de água sejam protegidas deste equipamento. O aterro vai ficar a poucos metros do Uíma. Costa Lobo, técnico responsável pelo PDM, referiu que esta zona era das mais importantes do concelho em reservas de água… e por aqui ficamos.
Os Amigos do Uíma não aceitam a localização da Sobreda / Canedo.
O grande argumento, e para nós é mais do que suficiente, é o facto de Canedo já ter suportado o lixo dos concelhos da Feira e Gaia durante muitos e muitos anos. Não falamos de um aterro sanitário, mas sim de lixeiras a céu aberto e que ainda hoje são a vergonha do nosso concelho. O mal vai lá continuar por muitas dezenas e centenas de anos, talvez até milhares. A freguesia já sofreu mais do que o suficiente. Canedo deve ser poupada por uma questão de princípio e bom senso.
Alem disso, falamos de uma área de fortes reservas de água, com muitas linhas de água, que deve ser preservada e não irremediavelmente perdida.
Os Amigos do Uíma entendem que a solução do aterro sanitário, a ser seguida, deverá passar pela localização em Gaia, até porque este concelho produz 75% do lixo e a Feira apenas 25%. É uma questão de equidade e justiça.
Esta associação estranha também que os vários locais do concelho de Gaia que foram várias vezes referidos na comunicação social e apresentados em estudos tenham “desaparecido” agora.
A questão da LIPOR não pode ser colocada definitivamente de lado pois todas as soluções têm de ser ponderadas e analisadas. Se praticamente toda a área metropolitana do Porto se serve da LIPOR, porque Feira e Gaia não podem recorrer ao mesmo equipamento?
O poder político tem de se preocupar em avançar com uma nova política de gestão dos resíduos, com incentivos à redução de utilização de materiais que são apenas adornos e não o bem em causa (plásticos, embalagens enormes para pequenos produtos, por exemplo) e penalizar os consumidores que produzem lixo em maiores quantidades, muito as vezes de forma desnecessária.
A Associação Ambientalista e Cultural Amigos do Uíma apela a todos os organismos políticos ou não, públicos, privados ou associativos, e especialmente à população que se envolvam esta discussão pois é o futuro de todos que está em jogo e, dada a importância do tema, ninguém pode assobiar para o lado achando que é um problema do vizinho.
Esta questão diz respeito a todos os feirenses.
A direcção
Feira, 5 de Março de 2010

4 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente. Se os Amigos do Uíma avançarem com alguma iniciativa, estou com eles. E estou com Pigeiros, S. Jorge e Canedo.

Anónimo disse...

Claro, camarada anónimo! Eu também...
Mas o que é que faz ao seu lixo? Chuta p'ra canto? Chuta p'ra trás das costas?
Chuta p'rá terra de quem?

E o bom do alferes, que pelo que me disseram não sabia bem se o património a preservar em Caldas de S. Jorge, era uma mama ou uma mamoa...!?

Anónimo a quem custa discutir estas questões no anonimato, porque parece que não condições para as discutir olhos nos olhos, cara a cara, com frontalidade. Frontalidade e conhecimento básico das coisas que se discutem...

Anónimo, portante, me assino.

Alferes Pereira disse...

A questão não é chutar para A ou B mas sim entender que a zona de Pigeiros/S. Jorge não é razoavel para o aterro. As razões estão no comunicado mas lembro uma: as termas ficariam a mil e poucos mts do aterro. Acha isso aceitavel???? E Canedo já foi castigado que chegue com a lixeira: vamos castiga-los outra vez????
E quais as soluções? A haver aterro terá de ser em Gaia pois produz 75% do lixo e a Feira só 25%. E se toda a área metropolitana do Porto está na lipor, porque não pode estar tambem a Feira e Gaia?

Devo lembrar o seu lapso ou ignorância pois a mamoa fica em Pigeiros e não em S. Jorge. Quanto ao nome é simples: há quem diga mámoa e há quem diga mamôa (escrevi como se pronuncia). Nunca disse mama, pelo menos referente a isto!!!!

E, por fim, eu assino, não me escondo no anonimato.
Alferes Pereira

Anónimo disse...

Meu Alferes,

Apenas para lhe dizer, reafirmar, que assumi, com muita pena minha, a condição de anónimo. Expliquei-a e vou mantê-la. Não a utilize como arma de arremesso. Argumente.

Quanto ao lapso da localização da mamôa assumo-o pela pressa de escrever, nada de mais.