29 abril, 2010

JSD - II Fórum da Juventude

Aqui vai o relato do “II Fórum da Juventude” feito pelos próprios: 

A realização do II Fórum da Juventude, levada a cabo pelos Núcleos Residenciais da JSD da Feira e de Travanca no passado dia 24 de Abril, teve sala cheia. Os oradores convidados: Amadeu Albergaria, deputado da Assembleia da República pela JSD; José Cardoso, técnico superior da Câmara Municipal nas áreas da Cultura e Juventude, que se apresentou em substituição da vereadora Cristina Tenreiro, ausente por motivos profissionais; e Nuno Albergaria, presidente da JSD concelhia de Santa Maria da Feira, apresentaram as suas conclusões sobre o futuro da juventude, em três painéis pertinentes para a juventude e o seu futuro.


No primeiro painel “o sentido das juventudes partidárias”, Amadeu Albergaria salientou a importância das juventudes partidárias enquanto escolas de formação cívica e política. A descredibilização do homem público, o descrédito do sistema político-partidário e o consequente afastamento dos jovens da política, assim como a falta de uma causa mobilizadora são os principais problemas com que se debatem as juventudes partidárias. O deputado social-democrata apontou ainda alguns erros destas estruturas, que falham ao assimilarem-se demais aos partidos, ao afastarem-se dos jovens, ao não se preocuparem com a continuidade e ao não procurarem os melhores talentos. Como soluções, indicou que a juventude deve ser a consciência crítica do seu partido, que a existência de núcleos e a reunião frequente é muito importante para o desenvolvimento da consciência cívica e criação de laços e que é urgente a produção de um projecto político aliado a um projecto geracional. Assumindo-se como produto de uma juventude partidária, Amadeu Albergaria desafiou a JSD a criar esse projecto, envolvendo os jovens nas causas locais e indo ao encontro das necessidades dos mesmos. “O caminho é difícil, mas não é impossível, porque apartidários os jovens até podem ser, apolíticos é impossível”.


“Jovens, hoje” foi o tema que José Cardoso expôs, começando por referir aquelas que considera as principais preocupações dos jovens: educação, acesso ao emprego, saúde, habitação e acção social. Num discurso informal, questionou até onde nos podemos considerar jovens e se a juventude é algo passível de ser medido aritmeticamente. Referiu ainda o aumento da importância do valor individual detrimento do familiar, a diminuição da taxa de natalidade, a capitalização do termo juventude, a tardia preocupação das estruturas governamentais com este sector e o aparecimento da beleza como valor inédito para as camadas jovens. Os jovens de hoje possuem ainda meios novos, como as novas tecnologias, que democratizaram a informação e globalizaram o mundo. Concluindo a sua intervenção com resposta a uma pergunta da plateia sobre o peso das anteriores gerações nos problemas da geração de hoje, José Cardoso diz que, sem qualquer dúvida, a juventude é um reflexo da sociedade em que está inserida, mas que apurar os culpados não é pertinente. “O importante é que há agora a obrigação e a responsabilidade de precaver as gerações vindouras, para que futuramente essa questão nem se coloque.”


Nuno Albergaria, na apresentação denominada “Jovens - Empregos por um canudo”, falou aos presentes de uma realidade que qualificou de “recorrente, pertinente, actual, mas triste”. Este problema vem de uma governação que se esqueceu da juventude e da sua importância, fechando-se em gabinetes e emanando políticas que o que fazem melhor é criar desemprego, desigualdades sociais e que simulam preocupar-se com os jovens, ao dar-lhes incentivos, mas não condições para os assumirem. Assim, a juventude começa a “vida adulta” cada vez mais tarde e mais frustrada e muitos dos melhores alunos procuram soluções além fronteiras quando saem da faculdade. O actual presidente da JSD Feirense considera ainda a resignação como uma característica dos jovens portugueses, que não podem ficar em casa, tem que ir à luta, fazendo-se ouvir, de forma a mudar este flagelo que desperdiça o melhor capital do país: a sua juventude. Como soluções, apresentou a criação de emprego em áreas adstritas aos jovens, o fim do facilitismo nas escolas, o acompanhamento das vocações dos jovens desde cedo e a aposta na formação profissional, desmistificando a ideia de que qualificação profissional requer uma licenciatura. Salientou ainda que a JSD não deve ser tida como um banco de emprego, mas sim como um veículo privilegiado para a participação cívica e para a estruturação do futuro do país, que “não está só em Lisboa, está aqui e começa à nossa porta”.


imagePor último, o evento teve um orador especial, Emídio Sousa, presidente da concelhia do PSD, veio reforçar a  ideia que ser jovem não é apenas uma questão de idade e que iniciativas como esta mostram o potencial da juventude. Lembrou que o PSD foi construído por pessoas que não desistiram, que queriam chegar mais longe e que o nosso Concelho ainda tem muito para oferecer, como a recente aposta na produção de kiwi, para a qual estamos localizados numa zona privilegiada, sem esquecer sectores tradicionais, mas que precisam de ser repensados, como o têxtil, calçado e cortiça. Aos jovens conterrâneos deixa o desafio de serem criativos e empreendedores, criando o próprio emprego e estabelecendo-se no mercado mundial, salientando que devem apostar na qualidade e na exportação, como forma de contrariar a avalanche concorrencial proveniente do Oriente. Numa mensagem de esperança na juventude Feirense, o vereador afirma a necessidade da preocupação com bens-sociais e a certeza de que o futuro é de mudança.

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