S. João da Madeira: Câmara não renova licença a empresa que provoca maus cheiros

Administrador reconhece que a empresa “não é propriamente bem cheirosa”, mas defende que a sua actividade “é imprescindível ao país”

A Câmara de S. João da Madeira vai emitir parecer desfavorável à renovação da licença ambiental de uma empresa de tratamento de subprodutos animais que há duas décadas difunde maus cheiros nesse concelho e em Santa Maria da Feira.

 

O presidente da Câmara, Castro Almeida (PSD), revela à Lusa o teor desse parecer: “Vamos recomendar que a Agência não renove a licença ambiental até que fique inequivocamente provado que a empresa não liberta cheiros incompatíveis com a qualidade de vida que queremos para a cidade”.
Em causa está a empresa Luís Leal e Filhos S.A, que a partir da freguesia de Arrifana, na Feira, difunde maus cheiros por esse concelho e também por S. João da Madeira.
Até segunda-feira a empresa está a ser sujeita a uma consulta pública que irá influir nas suas licenças Ambiental e de Exploração, a ser emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Luís Leal, administrador da unidade, reconhece que a empresa “não é propriamente bem cheirosa”, mas defende que a sua actividade “é imprescindível ao país” porque, “se deixar de existir, no dia seguinte as pessoas estão sujeitas a não ter um bife no prato”.
O empresário explica: “Sem a nossa actividade, os matadouros não podem trabalhar e, sem eles, não há carne nos talhos nem nos supermercados. Teríamos que importar tudo”.

in Diário de Aveiro